Madeira

"Pandemia não pode servir de desculpa para o caos na Saúde", diz o PS

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O presidente do Grupo Parlamentar do Partido Socialista considerou, hoje, "inadmissíveis" as declarações do secretário regional da Saúde, a propósito do tempo de espera em ambulâncias por parte de alguns pacientes na chegada às urgências do hospital.

Quatro horas de espera "não é tempo de mais porque a segurança está em primeiro lugar"

“Neste momento se esperarmos 4 horas para maior segurança dos profissionais de saúde e dos próprios utentes, acho que não é um tempo assim demais porque a segurança está em primeiro lugar”. As palavras são do secretário regional da Saude.

“É reprovável a forma displicente como o secretário da Saúde encara esta situação. Estamos a falar da saúde e da vida das pessoas e não é ética nem clinicamente aceitável que estes casos ocorram”, afirmou Rui Caetano, exigindo uma resposta "necessariamente mais célere".

Para o dirigente socialista, "a pandemia não pode servir de justificação para esta atitude, ainda mais quando é o próprio Governo Regional a dizer que a situação está controlada e existe um espaço hospitalar destinado especificamente ao tratamento destes doentes".

“O facto é que o caos na Saúde já vem se verificando desde muito tempo antes da covid-19 e o Governo Regional, no seu habitual estilo propagandístico, tenta passar a imagem de que está tudo bem, para esconder a sua incapacidade em gerir o sector”, acrescenta Rui Caetano.

O líder parlamentar do PS aponta como exemplos do dito "caos" as listas de espera para cirurgias, consultas e exames complementares de diagnóstico, que "têm vindo a crescer de forma descontrolada, atingindo já mais de 118 mil atos médicos em espera".

“Como se não bastasse isso, ainda assistimos a este tipo de situações, sem que o secretário com a tutela da Saúde – também ele médico – lhes atribua qualquer importância”, lamentou o socialista.

Recorde-se que o assunto, foi noticiado pelo DIÁRIO, na edição impressa de sábado, em que dava conta de uma insatisfação de doentes e do corpo de bombeiros que ficaram horas a aguardar nas urgências e na triagem avançada do Hospital Dr. Nélio Mendonça.

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