Madeira

Pedro Calado defende alargamento dos prazos de execução do PRR

None

O presidente da Câmara Municipal do Funchal defendeu, hoje, que é crucial atrair jovens através da habitação para as cidades, isto com o pensamento no futuro das mesmas. Pedro Calado participou no Salão Imobiliário de Portugal, na FIL, que tem a Madeira como Região convidada. Na ocasião, considerou serem necessários prazos de execução do PRR alargados.

O autarca fez parte do painel da conferência 'O Passado, o Presente e o Futuro das Cidades', onde também estiveram presentes o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas e o presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, contando com a moderação da jornalista Rita Neves, da SIC Notícias.

"O reconhecimento que o Funchal tem na política urbanística, o facto de estar junto com cidades como Lisboa e Porto, é também o reconhecimento do trabalho que, neste momento, estamos a apresentar e daquilo que se pretende para o futuro", considerou Pedro Calado.

O autarca reconheceu que o urbanismo é "uma área muito delicada", mas considera que pode ser "o principal dinamizador de atractividade de investimento e desenvolvimento da Região". 

Por isso, salientou que a gestão municipal de uma cidade deve ser feita "com as pessoas e virada para as pessoas", que vá ao encontro "das reais necessidades das pessoas", dotando as cidades de infra-estruturas e atraindo a "população e jovens, em permanência, em termos de habitação", já que considera "um erro, que no futuro pode-se pagar caro", apostar somente na atracção de investimento estrangeiro.

Quanto ao Programa de Recuperação e Resiliência, que no caso da Região tem destinados para esse fim 136 milhões de euros, teme que sejam desperdiçadas, já que os prazos de execução – 2025 – são, no seu entender – demasiado curtos, mais ainda quando se verificam problemas de falta de mão-de-obra e um substancial aumento no custos dos materiais.

Nesse âmbito, o presidente da CMF entende que os prazos deviam ser revistos, nomeadamente para que sejam prolongados. Além desta necessária revisão dos prazos concedidos, o edil aponta ainda a necessidade de se concretizar uma aposta na habitação jovem, isto com o objectivo de os fixar nas cidades, o que seria uma forma de evitar que as cidades, especialmente as zonas mais centrais fiquem entregues aos turistas e ao alojamento local.