A Guerra Mundo

Rússia promete defender "soberania" da "república" de Lugansk

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O Presidente russo, Vladimir Putin, felicitou hoje a auto-proclamada "República Popular" de Lugansk pelo aniversário da sua declaração de independência, garantindo ao seu líder, Leonid Pásechnik, que a Rússia defenderá a soberania deste enclave apenas reconhecido por Moscovo.

"Os cidadãos da República Popular de Lugansk celebram hoje esta data em condições difíceis, defendendo a sua pátria com armas nas mãos. Estou certo de que, com os nossos esforços conjuntos, defenderemos a independência, a soberania e a integridade territorial da república", disse Putin num telegrama enviado a Pásechnik.

O Presidente russo lembrou que o acordo de paz, cooperação e ajuda mútua entre a Rússia e Lugansk, assinado em 21 de fevereiro, quando o Kremlin reconheceu as repúblicas pró-russas de Lugansk e Donetsk, "servirá como base segura para fortalecer os laços de fraternidade e aliança entre os países".

"Aceite os nossos sinceros parabéns pelo Dia da República Popular de Lugansk. Desejo-lhe, com sinceridade, muita saúde e sucesso e a todos os moradores de Lugansk, bravura, coragem e tenacidade na luta por um futuro de paz e segurança", acrescentou.

A autoproclamada República Popular de Lugansk declarou sua independência em 12 de maio de 2014, um dia depois de a República Popular de Donetsk, expressando desacordo com os protestos pró-europeus que abalaram Kiev e levaram à queda do presidente pró-russo Viktor Yanukovych.

As duas repúblicas foram reconhecidas pela Rússia três dias antes do início do conflito militar russo na Ucrânia.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A ofensiva militar causou a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, das quais mais de 5,5 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.