A Guerra Mundo

Rússia prossegue ofensiva para controlar Donetsk e Lugansk

Foto RONALDO SCHEMIDT/AFP
Foto RONALDO SCHEMIDT/AFP

A Rússia continua a avançar no leste da Ucrânia, para tentar estabelecer o controlo total sobre as regiões de Donetsk e Lugansk e criar um corredor terrestre com a Crimeia ocupada, avançou o exército ucraniano.

Num relatório divulgado hoje, o estado-maior do exército da Ucrânia diz que, em direção a Donetsk, os russos, apoiados por aviões e artilharia, concentraram os esforços na tentativa de assumir o controlo dos colonatos de Rubizhne e Popasna, e prepararam-se para continuar as operações ofensivas nos colonatos de Siversk, Sloviansk, Lysychansk e Avdiyivka.

O relatório, divulgado no dia em que Moscovo celebra o 77.º aniversário da vitória sobre a Alemanha nazi, afirma ainda que as tropas russas aumentaram a potência do arsenal bélico e estão a tentar destruir as defesas na leste da Ucrânia.

Em Donetsk e em Lugansk, as forças ucranianas conseguiram repelir seis ataques inimigos, destruindo 20 tanques, arsenal de artilharia, 28 veículos de combate blindados, um veículo blindado especial e cinco camiões militares.

O exército disse ainda que, na direção de Slobozhansky, as forças inimigas focaram-se em reagrupar unidades, reabastecer reservas de munições e combustível, manter posições ocupadas e trabalhar para impedir o avanço das forças ucranianas em direção à fronteira da região.

A Ucrânia disse também que, na Transnístria, um território separatista e pró-russo na vizinha Moldova, as formações armadas locais e as unidades das forças russas continuam a preparar-se para o combate.

A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro e a ofensiva militar provocou já a morte de mais de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A ofensiva militar causou a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, das quais mais de 5,5 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.