Precedentes e critérios políticos

Na qualidade de cidadão português e tentando usar o meu "direito à liberdade de expressão", manifesto o meu desagrado por ter visto Volodymyr Zelensky (que diz querer paz, mas pede mais dinheiro e armas) discursando na nossa Assembleia da Republica a 21 Abril 2022.

No dia 25 de Abril 2022, vejo a bandeira da Ucrânia na nossa Assembleia Legislativa Regional sendo exibida com direito a ovação de todos os presentes, fazendo-me recordar o dia 19 de Outubro de 2001 quando Hugo Chavez no mesmo hemiciclo foi ovacionado também por todos os nossos políticos da RAM, na altura o invasor à Venezuela eram os "ianques" dos EUA, mais tarde todos vimos no que deu e o que representava aquele personagem.

Porque não seguiram as nossas Assembleias (Nacional e Regional) o mesmo critério aquando das invasões das nossas ex-colónias? Por exemplo, nem quando foi Timor Vs Indonésia fizeram tanto alarido e facilidades concedidas às vítimas ou o abandono dos EUA aos Afegãos após cerca de 40 anos de proteção, deixando-os à mercê dos Talibãs, etc, etc ... são imensos os casos mundiais, porquê todo o destaque e atenção a esta situação mediática?

Não sou a favor do que está fazendo Vladimir Putin, mas desenganem-se as pessoas que pensam que este Sr. Zelensky procura a paz, os seus objetivos são meramente de promoção pessoal e está conseguindo os atingir em pleno, inclusive com a pré-nomeação para um Prémio Nobel da Paz, tudo com a ajuda da poderosa comunicação social, como sabem ele era ator, deveria também ser nomeado para um Óscar de "melhor representação", tem perfil.

Se Zelensky estivesse preocupado com o "seu" povo desistia dessa obsessão em aderir à NATO, mas agora até vai ter direito a "dois em um", incluindo a adesão à UE como prémio.

O tempo dirá se estou equivocado, até lá o povo ucraniano e russo vão perecendo às mãos de loucos e seus cúmplices a nível Mundial, mentalizem-se que isto não é um jogo estilo "Batalha Naval", são pessoas que tanto dum lado, como doutro não escolheram, nem queriam estar em guerra, inclusive grande parte dos militares (de ambos os lados) estão combatendo contrariados e morrendo por uma causa que não é a deles, nem sequer a compreendem, mas sim dos seus supostos líderes e todo o mediatismo criado em redor deste conflito de interesses meramente políticos e económicos.

Miguel Pita