A Guerra Mundo

OSCE revela que membros da sua missão foram detidos no Donbass

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Foto: ROMAN PILIPEY/EPA

Vários membros locais da missão de observação da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) foram detidos na região de Donbass, no leste da Ucrânia, anunciou hoje a organização.

"A OSCE está profundamente preocupada com o facto de vários membros nacionais da Missão Especial de Monitorização da OSCE em Donetsk e Luhansk terem sido privados da sua liberdade e está a utilizar todos os canais à sua disposição para facilitar a libertação", revelou organização numa mensagem publicada na rede social Twitter.

Já na sexta-feira, a embaixadora adjunta da missão britânica na OSCE, Deirdre Brown, tinha notado, num discurso numa reunião da organização em Viena, a existência de "relatórios" de membros da equipa encarcerados.

"Recebemos relatos alarmantes de que os peões russos no Donbass estão a ameaçar a equipa da missão e que as forças russas têm feito prisioneiros membros da equipa ", afirmou, acrescentando: "Condenamos estas ameaças contra a missão e o seu pessoal nos termos mais veementes. Apelamos à libertação dos membros da equipa e de todos os ucranianos detidos pela Rússia".

A Missão Especial de Observação da OSCE na Ucrânia foi enviada em 2014, na sequência de um pedido do governo ucraniano, e é composta por civis ligados ao organismo internacional, que é composto por 57 Estados, quase todos eles europeus, incluindo Portugal, ou da Ásia Central, com exceção dos Estados Unidos e do Canadá.

A Rússia lançou em 24 de Fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A ofensiva militar causou já a fuga de mais de 12 milhões de pessoas, mais de 5 milhões das quais para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU -- a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).