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Açores reduzem lista de espera cirúrgica em Janeiro para 10.552 utentes

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Os Açores tinham 10.552 utentes em lista de espera cirúrgica no final de janeiro, menos 105 do que em dezembro e menos 1.165 do que no período homólogo, revela um relatório da Direção Regional da Saúde.

"Em janeiro de 2022 aguardavam em LIC [lista de inscritos para cirurgia] um total de 10.552 utentes, o que corresponde a uma diminuição de 1,0% (menos 105 utentes), face ao mês anterior", lê-se no documento, consultado pela Lusa, disponível na página da internet da Direção Regional da Saúde.

Há seis meses que o número de inscritos em lista de espera cirúrgica nos Açores tem vindo a diminuir.

Em comparação com janeiro de 2021, em que o relatório mensal indicava 11.717 utentes em espera por uma cirurgia, verificou-se uma diminuição de 1.165 inscritos (9,9%).???????

???????De acordo com o boletim informativo mensal de janeiro da Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia dos Açores, o Hospital do Divino Espírito Santo (HDES), na ilha de São Miguel, o maior da região, concentra mais doentes em espera (7.237) e foi o único a registar um aumento face a dezembro (0,1%).

O Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira (HSEIT) regista 2.242 utentes em espera (menos 3,4% do que em dezembro) e o Hospital da Horta (HH), na ilha do Faial, 1.073 utentes (menos 3,7%).

Também o número de propostas cirúrgicas em espera diminuiu no mês de janeiro, face ao mês anterior, fixando-se nos 11.997 (menos 242).

Todos os hospitais da região registaram uma quebra nas propostas cirúrgicas em espera, com o HH a registar a maior descida percentual (3,7%), seguindo-se o HSEIT (2,9%) e o HDES (1,4%).

Em janeiro, os utentes do Serviço Regional de Saúde dos Açores esperavam, em média, por uma cirurgia 486 dias (cerca de um ano e quatro meses), menos quatro dias do que em dezembro.

A espera é superior no hospital de São Miguel (552 dias), que aumentou o tempo médio em dois dias.

No hospital da ilha Terceira, o tempo médio de espera também aumentou para 357 dias (mais 12) e apenas no da Horta se registou uma descida para 302 dias (menos 17).

Nas três unidades hospitalares da região, o tempo médio de espera permanece acima dos tempos máximos de resposta garantidos regulamentados, que preveem que uma cirurgia com prioridade normal seja realizada no máximo em 270 dias.

Apenas metade (50,5%) das cirurgias realizadas em janeiro nos Açores decorreram dentro do tempo máximo de resposta garantido, ainda assim, mais do que em dezembro (46,8%).

O Hospital do Divino Espírito Santo é o que regista menos cumprimento dos tempos máximos (32,9%), tendo mesmo reduzido a percentagem face a dezembro (36,2%).

Pelo contrário, o Hospital de Santo Espírito aumentou a percentagem de 52%, em dezembro, para 67,6%, em janeiro.

O Hospital da Horta foi o que mais cumpriu este indicador (70,3%), mas também registou uma descida em relação ao mês anterior (79%).

Segundo o boletim informativo, em janeiro foram realizadas 874 cirurgias no Serviço Regional de Saúde, mais 21 do que em dezembro (2,5%).

O HDES foi o que realizou mais cirurgias (444), tendo ainda assim registado uma quebra (1,3%).

O mesmo aconteceu no hospital da Terceira, que contabilizou 275 cirurgias (menos 9,2%).

O Hospital da Horta foi o único que aumentou a produção cirúrgica (55%), em relação a dezembro, tendo realizado 155 cirurgias.

O número de propostas cirúrgicas entradas em janeiro (942) registou uma subida de 11,7% face a dezembro (mais 99).

O HESIT, com 264 propostas, foi o único em tendência inversa (menos 29%), tendo ocorrido crescimentos de 42,4% no HDES (487 propostas) e de 48,1% no HH (191).

Também o número de cancelamentos de cirurgias registou uma subida no mês de janeiro (48,5%), situando-se nos 346.

Foi no HH que se verificou o maior aumento de cancelamentos (300%), passando de 54 para 72, mas todas as unidades cancelaram mais cirurgias em janeiro.

No HDES foram canceladas 200 cirurgias (mais 28,2%) e no HSEIT 74 (mais 25,4%).

A Unidade Central de Gestão de Inscritos para Cirurgia dos Açores (UCGICA) passou a divulgar um boletim informativo mensal com "dados síntese" sobre a lista de espera cirúrgica, passando a emitir "relatórios de acompanhamento", até então mensais, com uma "periodicidade trimestral".