A Guerra Mundo

Perto de 100 actuais e antigos atletas assinam declaração a favor da paz

Oleksandr Abramenko (Ucrânia) e Ilia Burov (Rússia) abraçam-se após a final de Esqui estilo livre em Pequim.
Oleksandr Abramenko (Ucrânia) e Ilia Burov (Rússia) abraçam-se após a final de Esqui estilo livre em Pequim., Foto Facebook Peace and Sport

Perto de 100 atuais e antigos atletas, de vários desportos, assinaram uma declaração a favor da paz na Ucrânia, promovida pela associação Peace and Sport, anunciou hoje a organização presidida pelo príncipe do Mónaco, Alberto II.

Em resposta à invasão da Ucrânia pela Rússia, campeões olímpicos e mundiais assinalaram que "a comunidade global da associação Peace and Sport pode e deve desempenhar um papel decisivo na atual crise".

O costa-marfinense Didier Drogba, vice-presidente da associação, e o francês Christian Karembeu, ambos ex-futebolistas, o francês Stéphane Diagana e a britânica Paula Radcliffe, antigos atletas, e o ex-canoísta francês Tony Estanguet assinaram a declaração.

Entre os desportistas em atividade, destaca-se o velocista jamaicano Yohan Blake, a canoísta australiana Jéssica Fox e o ciclista Chris Froome, numa lista que integra dois ucranianos, o voleibolista Oleksiy Klyamar e a praticante de squash Yulia Pugash, e uma russa, a xadrezista Alexandra Kosteniuk.

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades. As autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças, e, segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de um milhão de refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia, entre outros países.

O Presidente russo, Vladimir Putin, justificou a "operação militar especial" na Ucrânia com a necessidade de desmilitarizar o país vizinho, afirmando ser a única maneira de a Rússia se defender e garantindo que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional, e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.