Madeira

Edgar Silva acusa "os capitalistas" de lucrarem "muito com a guerra"

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O PCP realizou, esta sexta-feira, um jantar-comício na Encumeada, no concelho da Ribeira Brava, no qual participaram mais de 400 pessoas, numa iniciativa que visou comemorar o 101.º aniversário do partido.

Nas intervenções políticas, o coordenador regional Edgar Silva disse que "a pretexto da guerra, está em curso um golpe", isto é "o golpe da especulação" que "consiste no aproveitamento de toda a situação internacional para fazer subir preços em relação a produtos que foram adquiridos muito antes da guerra".

Os produtos já estavam em stock, já estavam armazenados por meses, e estão a ser comercializados a preços que não param de subir (...) o golpe que está em curso faz com que, a pretexto da guerra, o capital garanta lucros colossais. Assim, os capitalistas beneficiam com a guerra. Os capitalistas lucram, e muito, com a guerra. Pelo contrário, a vida dos trabalhadores, dos reformados sofre duramente e estas são as vítimas de um brutal ataque contra os direitos e às condições de vida. Edgar Silva

Face a todos estes "impactos do aumento dos preços e perante as manobras da  especulação", o PCP "apela aos trabalhadores e às populações que se mobilizem, que façam ouvir a sua indignação e protesto contra o aumento do custo de vida".

Também presente neste encontro de comunista esteve Duarte Martins, em representação da Juventude Comunista Portuguesa (JC). Na sua intervenção, o próprio indicou que "não adianta arranjar bodes expiatórios para desculpas" onde os governantes "adiam as soluções para os graves problemas humanos e sociais".

"A culpa era da Covid, não havia trabalho, havia a precariedade, não havia habitação, não havia possibilidades de ingressar na universidade, a juventude nada podia por causa da Covid. Eis que agora a culpa é da guerra", criticou.