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Directores satisfeitos sublinham que novo o ministro conhece bem as escolas

João Costa, o novo ministro da Educação. Foto DR
João Costa, o novo ministro da Educação. Foto DR

Os diretores escolares manifestaram-se hoje satisfeitos com a nomeação de João Costa para novo ministro da Educação, sublinhando que enquanto secretário de Estado esteve muito próximo das escolas nos últimos anos e conhece-as bem.

O primeiro-ministro escolheu João Costa para assumir o Ministério da Educação no novo Governo, depois de ter estado com aquela pasta como secretário de Estado nas duas últimas legislaturas.

Para o presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), era a opção mais expectável no caso de o ministro Tiago Brandão Rodrigues não ser reconduzido e foi uma notícia, ainda que sem surpresas, positiva.

"Estamos habituados a que, nas escolas, quando muda o Governo muda tudo e a nossa expectativa é que este ministro seja a continuidade do trabalho encetado pelo anterior Ministério", começou por dizer Filinto Lima em declarações à agência Lusa.

Além dessa proximidade, o representante dos diretores sublinhou a experiência de João Costa, que está no Ministério da Educação desde 2015 como secretário de Estado, tendo estado próximo das escolas.

Quem também concorda é Manuel Pereira, da Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE), que em reação à constituição do novo executivo começou por elogiar a equipa ministerial que conclui agora funções.

"Foi provavelmente, nos 40 anos da minha carreira, a equipa que mais próxima esteve das escolas e dessa equipa também fazia parte do doutor João Costa. E foi, nos últimos seis anos, uma presença constante nas escolas", afirmou o presidente da ANDE.

Essa proximidade, acrescenta, deu-lhe um conhecimento vasto da realidade das escolas, das suas necessidades e dos desafios do setor e Manuel Pereira antecipa que esse conhecimento se reflita nas políticas do novo Ministério.

"Ele conhece as escolas como ninguém", reiterou, afirmando estar confiante de que, enquanto ministro, não surpreenderá pela negativa.

Quanto às prioridades para a Educação, os dois diretores escolares apontaram a valorização da carreira docente, o problema da falta de professores e o envelhecimento da classe.

O primeiro-ministro, António Costa, apresentou hoje, ao Presidente da República, a composição de um Governo com 17 ministros, menos dois do que no anterior.

Há novos titulares nas Finanças (Fernando Medina), nos Negócios Estrangeiros (João Gomes Cravinho), na Defesa (Helena Carreiras), na Administração Interna (José Luís Carneiro), na Justiça (Catarina Sarmento e Castro), na Economia e Mar (António Costa Silva), nos Assuntos Parlamentares (Ana Catarina Mendes), na Ciência e Ensino Superior (Elvira Fortunato), na Educação (João Costa), no Ambiente (Duarte Cordeiro) e na Cultura (Pedro Adão e Silva).  

Continuam no executivo, e nas mesmas pastas, Mariana Vieira da Silva (Presidência), Marta Temido (Saúde), Ana Mendes Godinho (Segurança Social e Trabalho), Ana Abrunhosa (Coesão Territorial), Maria do Céu Antunes (Agricultura) e Pedro Nuno Santos (Infraestruturas e Habitação).

Este é o terceiro Governo chefiado por António Costa e o seu primeiro com maioria absoluta. Pela primeira vez, a composição de um executivo conta com mais mulheres do que homens, excluindo o primeiro-ministro.