Mundo

Presidentes de França e Israel assinalam 10.º aniversário do massacre de Toulouse

Foto EPA/LUDOVIC MARIN/POOL MAXPPP
Foto EPA/LUDOVIC MARIN/POOL MAXPPP

O presidente francês, Emmanuel Macron, e o seu homólogo israelita, Isaac Herzog, assinalaram hoje o 10.º aniversário do massacre de Toulouse, quando morreram sete pessoas, entre elas crianças, numa escola judaica da cidade pelo terrorista islâmico Mohamed Merah.

"Estamos aqui juntos para aqueles que foram atingidos pela barbárie, para lhes dizer que os apoiamos", afirmou Macron no encerramento de uma cerimónia com cerca de 200 convidados, incluindo os ex-presidentes franceses Nicolas Sarkozy e François Hollande.

O primeiro era presidente em exercício durante o massacre e o segundo liderou as eleições presidenciais que tiveram lugar uns meses mais tarde depois daquele 19 de março de 2012, quando a escola Otzar Hatorah foi atacada por Merah.

Macron destacou que, face à ira dos terroristas, o país soube ser "mais forte" porque "não baixou a cabeça", nem cedeu à sua chantagem.

Dois dias depois, Merah foi abatido num edifício em Toulouse, onde se barricou.

No ataque, em que morreram sete pessoas, estavam três crianças e o seu professor.

"A presença conjunta [de Macron e Herzog] pretende marcar a amizade que une França e Israel, bem como a vontade dos dois chefes de Estado de continuar a sua luta comum contra o terrorismo e contra o antissemitismo", indicou a presidência francesa, numa nota.

Em março de 2012, uma série de ataques no sudoeste da França gerou terror: em 11 de março, em Toulouse, um militar do 1.º regimento de paraquedistas, Imad Ziaten, foi o primeiro a cair com uma bala na cabeça.

No dia 15, três militares foram alvejados ao levantar dinheiro em frente a um quartel em Montauban, no norte de Toulouse: Mohamed Legouad e Abel Chennouf foram mortos, enquanto Loïc Lieber ficou tetraplégico.

Em 19 de março, duas crianças, Myriam Monsonego e Gabriel Sandler, foram baleadas à queima-roupa no pátio da escola Ozar Hatorah, em Toulouse. Alguns segundos antes, Arié Sandler e seu pai, Jonathan Sandler, sucumbiram às balas de Mohamed Merah, um homem de 23 anos que se voltou para o fundamentalismo.