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Redução do PSI para 15 cotadas coloca praça de Lisboa entre as mais pequenas da UE

Foto Shutterstock
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A saída de quatro cotadas do índice PSI coloca a bolsa de Lisboa entre as mais pequenas da União Europeia, com 15 empresas, abaixo das 21 que em média integram os índices de referência das praças europeias, refere a BA&N.

O novo índice PSI, que substitui o PSI20, perdeu a Novabase, Pharol, Ramada e Ibersol, entrando estas alterações em vigor em 21 de março.

Com apenas 15 cotadas, refere a unidade de 'research' da BA&N, o PSI é "um dos cabazes mais pequenos entre as praças dos países da União Europeia", superando apenas seis dos índices de referência dos 27 países da União Europeia.

Portugal passa a ter um 'benchmark' apenas com mais títulos que a Eslováquia, Chipre, Eslovénia, Luxemburgo, Croácia e República Checa, mas os mesmos que a Bulgária, e fica atrás de outras economias do leste da Europa, como a Polónia ou a Roménia, indica a análise da BA&N.

A mesma informação precisa que as 15 cotadas do índice PSI da praça lisboeta é "reduzido quando comparado com aquela que é a média de cotadas presentes nos índices de referência das praças dos vários países europeus: 21 empresas".

Esta média, nota a BA&N resulta de uma grande disparidade de títulos entre as várias praças, incluindo nomeadamente, o caso da bolsa da Eslováquia, que conta com apenas cinco empresas ou os casos de Chipre, Eslovénia e Luxemburgo, com menos de uma dezena de cotadas cada.

Há ainda 10 bolsas com um total entre 20 e 29 títulos nos respetivos índices de referência do mercado acionista -- sendo esta a situação de países como a Irlanda, a Grécia, Bélgica ou os Países Baixos.

"Acima de 30 títulos só há sete mercados na UE, sendo que três deles têm um total de 40 cotadas: Itália, França e a 'toda-poderosa' Alemanha. Em Espanha, o IBEX conta atualmente com um cabaz de 35 títulos", assinala o estudo da BA&N.

Ao contrário do que sucede o PSI lisboeta, o DAX da Alemanha registou no final do ano passado uma subida, passando de 30 para 40 títulos.

No seu conjunto, as empresas que se mantêm na principal montra do mercado de capitais português apresenta uma capitalização bolsista conjunta de 74,1 mil milhões de euros. "Este valor em bolsa destas 15 empresas representa 35% do Produto Interno Bruto nacional, ou seja, a riqueza gerada anualmente no país. A diferença com a saída das quatro cotadas é mínima, tendo em conta que valem, no seu conjunto, apenas 633 milhões de euros", nota a BA&N.

Em agosto do ano passado, a Euronext anunciou, em comunicado, que o índice de referência da bolsa de Lisboa iria deixar de ser PSI20, passando a ser apenas PSI a partir de março deste ano.

"A metodologia do índice também será ajustada para melhorar a liquidez e a eficiência do índice e para melhor responder às necessidades dos utilizadores", referia o texto.

Os ajustamentos na metodologia do índice PSI passam a incluir a determinação de uma dimensão mínima para as empresas entrarem no índice na altura das revisões trimestrais e anuais e a eliminação do requisito de um número mínimo de constituintes -- até aqui balizado em 18.