A Guerra Mundo

Mónaco aplica sanções à Rússia como as aprovadas pela UE

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Foto EPA

O principado do Mónaco anunciou hoje que vai aderir às sanções da União Europeia contra a Rússia e que adotar "sem demora" os procedimentos para congelar os fundos de personalidades e aplicar as sanções.

Seguindo o exemplo da Suíça -- que hoje quebrou a sua tradicional neutralidade para aplicar "plenamente" as sanções da UE contra membros do governo russo com bens no seu país --, o príncipe do Mónaco, Alberto II, anunciou a adoção das mesmas sanções "de acordo com os seus compromissos internacionais".

As autoridades do Mónaco não especificaram quem será afetado por esta medida, embora existam figuras bem conhecidas, como o empresário Dimitri Rybolovlev, proprietário do AS do Monaco.

Alberto II do Mónaco condenou "firmemente" a invasão da Ucrânia, transmitiu a sua solidariedade ao povo ucraniano, "vítima de operações militares e bombardeamentos", e apelou a um cessar-fogo.

"O Principado do Mónaco reafirma o seu compromisso de respeitar o direito internacional, a soberania, a integridade e a independência dos Estados. Considera que as divergências e conflitos só devem ser resolvidas através do diálogo e da diplomacia", afirmou o monarca em comunicado.

Quanto à ajuda humanitária, o Principado está "disposto" a apoiar as organizações humanitárias envolvidas no terreno.

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e quase 500 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.