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Grécia e Chipre encerram espaço aéreo para aeronaves russas

Foto vaalaa/Shutterstock.com
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A Grécia e o Chipre encerraram hoje os seus respetivos espaços aéreos a aeronaves russas, seguindo a recomendação feita pela Comissão Europeia (CE) e juntando-se a outros países europeus.

A Grécia aderiu hoje à proposta feita pela Comissão Europeia e anunciou o encerramento do seu espaço aéreo a todas as aeronaves russas por um período de três meses.

A Autoridade de Aviação Civil Grega emitiu uma diretriz que proíbe o uso do espaço aéreo a partir de hoje para todas as aeronaves de propriedade da Rússia, nomeadamente a Russian Airlines-Aeroflot, ou de controlo russo, incluindo aviões particulares.

A diretiva exclui voos de interesse humanitário, voos hospitalares e voos para fins de busca e salvamento aprovados pelo Governo grego, bem como todos os voos de emergência.

O Governo de Chipre também anunciou hoje o encerramento do seu espaço aéreo às companhias aéreas russas, seguindo assim a recomendação da Comissão Europeia.

O ministro dos Transportes do Chipre, Yannis Karuzos, escreveu, na rede social Twitter, que a medida começará a ser aplicada a partir da noite de hoje.

Falando à rádio estatal hoje pela manhã, o ministro das dos Negócios Estrangeiros cipriota, Ioannis Kasulidis, disse que, embora a economia de Chipre dependa fortemente do turismo, esta medida teve de ser tomada pelo Governo.

No entanto, num comunicado divulgado na noite domingo, Kasulidis sublinhou que o Chipre poderia reconsiderar essa medida no caso de a Turquia também não encerrar o seu espaço aéreo, porque se não o fizer, aviões russos podem continuar a chegar à parte ocupada da ilha, a chamada República Turca de Chipre do Norte, reconhecida apenas por Ancara.

A Turquia, desde 1974, mantém o norte de Chipre ocupado militarmente.

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram cerca de 200 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de perto de 370 mil deslocados para a Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.