Turismo País

“Resta-nos exigir que façam obras no aeroporto da Portela”

Pedro Costa Ferreira lamenta “situação anacrónica, vergonhosa e incapacitante, das acessibilidades aéreas de Lisboa”

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Sessão de abertura do congresso da APAVT marcada por recados em várias direcções

O presidente da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), Pedro Costa Ferreira, acaba de lamentar a “situação anacrónica, vergonhosa e incapacitante, das acessibilidades aéreas de Lisboa”, exigindo que, pelo menos, sejam feitas obras no aeroporto da Portela.

Há mais de dez anos que acompanhamos esse processo, temos boas e fundadas razões para não acreditamos numa decisão em 2023. E sem decisão, evidentemente, não podemos acreditar numa solução que seja implementada nos próximos anos. E não acreditando, resta-nos exigir que façam o que neste momento parece ainda possível fazer, que são as obras no aeroporto da Portela, permitindo melhorar a operacionalidade e eficiência desta infraestrutura.. Senhores políticos, simplesmente deixem que as obras avancem. Não evitarão a vergonha, que se colou a todos os que contribuíram para a actual situação, mas pelo menos mitigarão as consequências deste processo tão trágico como ridículo. Pedro Costa Ferreira

Na sessão de abertura do 47.º Congresso Nacional da APAVT no qual ”Fazer!” é o tema, Pedro Costa Ferreira referiu que “vivemos há demasiado tempo envoltos numa onda de analistas e comentadores, ludibriados por uma política de anúncios de medidas que não se efectivam, empurrados para a voracidade das notícias que não correspondem, mais tarde, a realizações”. Por tal, julga que urge realizar, na macroeconomia o crescimento, ao nível empresarial a produtividade e a recuperação económico-financeira, no Turismo a manutenção da liderança económica em Portugal e a competitividade internacional.

O líder da APAVT também se dirigiu ao novo secretário de Estado do Turismo, Nuno Fazenda, pedindo para dar seguimento, fazendo, à promessa da nova tranche do apoiar.pt. "É merecida. É bem verdade que as agências de viagens tiveram bons resultados em 2022, mas não é menos verdade que perderam mais de seis anos de resultados em 2020 e 2021. A fragilidade, e a necessidade, são imensas, a crise não mora nas demonstrações de resultados de 2022, todos o sabemos, mas está alojada nos balanços dos próximos anos", referiu.

Pedro Costa Ferreira lembrou  ainda os sacrifícios decorrentes da  pandemia. "Fomos nós que repatriámos os portugueses. Os que eram nossos clientes e os que não eram" e "reembolsámos os nossos clientes, em mais de 300 milhões de euros, e endividámo-nos para isso".

Pode seguir o congresso da APAVT em directo aqui.