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Marcelo diz que está "nas mãos dos portugueses" evitar vítimas mortais nas estradas

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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou hoje que "está nas mãos dos portugueses" evitar que existam mais vítimas mortais e feridos nas estradas, defendendo que são os portugueses que decidem se querem maior segurança rodoviária.

"É uma questão de bom senso. Os portugueses podem despedir-se de um ano, entrando no outro não correndo risco de segurança rodoviária. Podem voltar do contacto com as famílias ou partir não pondo em risco a segurança rodoviária, podem regressar aos países onde se encontram tentando não por em risco a segurança rodoviária", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.

Num 'briefing' operacional de balanço da operação de Natal e apresentação da operação Ano Novo, feito pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), PSP e GNR, o chefe de Estado lamentou as 11 vítimas mortais registadas durante a operação Natal, que decorreu entre 19 e 26 de dezembro.

"São só 11 mortos. Só 11 mortos? Mais não sei quantos feridos graves e leves. Poderiam e deveriam ser menos", observou, dizendo que esse é um "esforço" que tem de ser feito por todos os portugueses.

"Se não pensarmos assim, um destes dias teremos não estes 11, mas 20 ou 30. Não podemos facilitar, está nas mãos dos portugueses", referiu.

Defendendo que a segurança rodoviária é um "problema de todos" e de todo o país, o chefe de Estado salientou que é o povo português que decide "se quer ou não quer maior segurança rodoviária para todos".

"A palavra decisiva é a dos portugueses. A grande vitoria dos últimos 25 anos foi dos portugueses. Além das vias que foram melhoradas, do aperfeiçoamento das formas de prevenção e do combate aos excessos, além de tudo isso, os portugueses aprenderam a comportar-se de outra forma em termos de segurança rodoviária, perceberam que nao era apenas um problema da sua vida, mas da vida dos outros", salientou.

Marcelo Rebelo de Sousa, que esta tarde acompanhou um simulacro de desencarceramento no aeródromo de Vila Real e uma operação de fiscalização rodoviária, destacou ainda a união entre as duas forças de segurança, nomeadamente, entre a PSP e a GNR defendendo que tal mostra que "não há capelinhas em Portugal".

"O simples facto de estarem as duas unidas (...) mostra que não há capelinhas em Portugal. Quando há capelinhas em Portugal perdem todos, ninguém ganha às custas da comparação com o outro", acrescentou.

Também o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, afirmou, à margem das visitas realizadas esta tarde, apelou para que os portugueses "conduzam com prudência" neste final de ano, lembrando que "o melhor presente é estar presente".

Na operação de Natal, que decorreu entre 19 e 26 de dezembro, registaram-se nas estradas portuguesas 12 vítimas mortais, mais uma vítima do que no ano passado e menos 109 feridos.

As 12 vítimas mortais, com idades entre os 24 e 86 anos, resultaram de três acidentes no distrito do Porto, dois em Aveiro, dois em Faro, dois em Setúbal, e em Beja, Coimbra e Santarém.

Nos restantes distritos do país e nas regiões autónomas dos Açores e Madeira "foi atingido o objetivo de zero mortos nas estradas portuguesas", afirmou Jorge Jacob.

No mesmo período, registaram-se 3.194 acidentes, mais 155 do que em 2021, dos quais resultaram 795 feridos. Do total de feridos, 44 foram graves (mais cinco do que em 2021) e 751 foram leves (menos 114 do que em 2021).

Durante a operação foram ainda fiscalizados cerca de três milhões de veículos pela GNR e PSP, tendo sido registadas 25,7 mil infrações.

A operação Ano Novo arranca hoje e decorre até 02 de janeiro de 2023.