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Vítimas mortais no Peru sobem para 26

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Pelo menos uma pessoa morreu em confrontos na segunda-feira entre manifestantes e forças de segurança na região de Arequipa (sul), elevando para 26 o número total de mortos desde o início das manifestações no Peru.

A nova vítima mortal foi registada em Chala, na província de Arequipa, onde as forças de segurança chegaram para abrir um troço da autoestrada Panamericana Sul, bloqueado há nove dias, de acordo com um comunicado da Provedoria de Justiça na rede social Twitter.

"Tendo em conta as ações de desbloqueio das estradas tomadas no âmbito dos protestos, apelamos à calma para toda a população em Chala", acrescentou.

Os meios de comunicação locais e as imagens nas redes sociais mostraram que os confrontos de segunda-feira tiveram lugar entre um grande grupo de forças de segurança e centenas de alegados mineiros informais que estavam a bloquear a Panamericana Sul.

Os militares e a polícia conseguiram libertar dois troços da autoestrada Panamericana, entre os quilómetros 660 e 670, onde dezenas de camiões e autocarros ficaram retidos durante a última semana.

Com a confirmação desta morte, o número de mortos nos protestos subiu para 26, enquanto 61 pessoas continuam hospitalizadas, indicou o Ministério da Saúde peruano.

Os protestos começaram a 07 de dezembro em várias regiões do Peru, especialmente em Lima e na região sul, depois de o Congresso ter afastado o Presidente Pedro Castillo, após este ter anunciado que ia dissolver o parlamento e governar por decreto.

Os manifestantes exigem a demissão da Presidente Dina Boluarte, que substituiu Castillo e a antecipação das legislativas.

Boluarte defende a legalidade da sua administração e apresentou uma proposta para antecipar as eleições gerais do país para dezembro do próximo ano, estando previsto que o Congresso tome uma decisão esta semana.