UE cria laboratório para ajudar Kiev a defender-se de ciberataques

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A diplomacia da União Europeia (UE) anunciou hoje a criação de um laboratório cibernético de apoio às forças armadas ucranianas, que será utilizado para simular e evitar ciberataques através da formação de militares.

"A UE financiou e entregou equipamentos para um laboratório cibernético, de 'software' e 'hardware' de segurança às forças armadas ucranianas, como parte do seu apoio contínuo à Ucrânia no âmbito do Mecanismo Europeu de Apoio à Paz", indica o corpo diplomático comunitário em nota de imprensa.

O Serviço Europeu de Ação Externa assinala que, "com este apoio, a Ucrânia pode construir e desenvolver ainda mais as capacidades de defesa cibernética das suas forças armadas para detetar intrusões nos sistemas de informação, lidar com ciberataques e reforçar a sua capacidade global na área da segurança cibernética".

"Este laboratório cibernético proporcionará um ambiente de formação para testar e reforçar as capacidades práticas dos profissionais militares de defesa cibernética com cenários virtuais realistas e simulações em tempo real que ajudam a identificar, monitorizar e proteger de futuros ciberataques de forma mais rápida e eficaz", adianta o corpo diplomático da UE.

Um laboratório cibernético é um espaço de exercício e investigação composto por várias componentes virtuais e físicas.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.595 civis mortos e 10.189 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.