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Museu Etnográfico da Madeira inaugura exposições dedicadas à 'Festa'

Mostras abertas ao público esta sexta-feira, a partir das 17h30

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O Museu Etnográfico da Madeira (MEM), espaço tutelado pela Secretaria Regional de Turismo e Cultura, através da Direção Regional da Cultura, inaugura esta sexta-feira, 16 de Dezembro, pelas 17h30, três mostras temporárias dedicadas à “Festa”. A cerimónia contará com a presença do Secretário Regional de Turismo e Cultura, Eduardo Jesus.

A primeira mostra é intitulada “Do Barro à Festa - Francisco Teixeira”, onde serão revelados trabalhos do barrista contemporâneo madeirense Francisco Teixeira. Tradição e Inovação, “de mãos dadas” é o mote desta exposição que apresenta uma curiosa interpretação dos nossos rituais populares, “Preservando, no Presente, o Futuro do Passado”, lema que motiva a nossa instituição.

As suas obras de artesanato contemporâneo, encomendadas e adquiridas pela Secretaria Regional de Turismo e Cultura e que fazem, agora, parte do acervo do museu, são contextualizadas com uma seleção de textos de escritores madeirenses ou publicados nos periódicos, e que descrevem estes rituais antigos.

No átrio do MEM, ficará patente a mostra Presépios Sustentáveis para a Festa”, uma exposição que é um projeto dos Serviços Educativos no âmbito da iniciativa “Museu Sustentável” e que inclui presépios construídos com matérias-primas naturais, existentes na Região. Os presépios são elaborados pelas Escolas, Lares de Idosos, Centros de Atividades e Capacitação para a Inclusão, Centros Culturais, Centros de Ocupação dos Tempos Livres, Casas do Povo e Juntas de Freguesia.

Finalmente, volta a ser mostrada, a Lapinha do Caseiro, um dos mais célebres presépios da Ilha, mantendo-se durante décadas como uma das grandes atrações do Natal madeirense.      

Francisco Ferreira, o “Caseiro”, nasceu na freguesia do Monte a 11 de outubro de 1848. Era conhecido por “Caseiro” por ser antigo colono do Monte, zelando por terrenos pertencentes às religiosas do Convento de Santa Clara. A obra da sua vida foi, de facto, o presépio. Iniciado na sua juventude, nele trabalhou até morrer, em 1931, tinha então 82 anos. Este conjunto narra o longo percurso deste artesão, testemunhando toda a sua evolução e a sua cada vez maior aptidão para talhar a madeira. 

Com o propósito de preservar e salvaguardar este precioso testemunho do nosso património cultural, a coleção foi adquirida pelo Governo Regional para integrar e enriquecer as coleções do Museu Etnográfico da Madeira. Restaurada e incorporada no seu acervo, passou a integrar, em 2021, o percurso de exposição do museu, enriquecendo-o, mas é aberta ao público, apenas nesta época, proporcionando a todos os visitantes, em especial aos madeirenses, a visita a um dos presépios mais afamados da Região.