Se eu mandasse...

Vai haver uma 2.ª moradia para acolher os sem-abrigo. Não sou contra a ideia, mas sou contra a localização.

Quantos dos que trabalham arduamente, vivem lá por cima, por Sto. António, S. Martinho, S. Gonçalo... Eles também gostariam de viver na cidade (Rua do Frigorífico), nos Ilhéus, na Ajuda... mas, mesmo trabalhando de sol a sol, não dá...

Se eu mandasse, comprava um terreno bem grande, FORA DO FUNCHAL, mandava construir casas em banda, todas com um bocado de terreno anexo a elas e devidamente amurado para que não houvesse roubos.

As casas continuavam a ser do Estado, os sem-abrigo viviam nelas sem pagar qualquer renda, mas não as podiam deixar por herança.

Cada família teria a sua casa, T1, T2 ou T3, conforme o tamanho da família. Teria um bom bocado de terra para cultivar e onde poderia ter galinhas, coelhos e até uma cabrinha.

Quem fosse pobre e velho iria para um Lar, onde NÓS com os nossos impostos pagaríamos tudo: casa, comida, água e luz e SERVIÇOS.

Mas quem tivesse saúde, ia ter de trabalhar para ter comer sobre a mesa.

Não posso aceitar que, com os meus impostos se pague a comida e ainda o trabalho de a cozinhar, o de lavar as loiças, etc, etc.

Quem fosse doente, ou drogado, ou quisesse ou não quisesse, o caminho era o do hospital, até ficar CURADO!

mas isto era... se eu mandasse...

Maria Gomes