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O “reforço”

Do arquipélago vizinho para o CD Nacional chegou o último “reforço” do mercado para esta época. Um defesa central, brasileiro, de seu nome Fábio Erins. Oriundo do Lusitânia, agremiação da 3ª divisão do futebol português. Quando o futebolista vem de baixo nem sempre acrescenta, mas acontecem boas excepções.

Veio para Portugal em 2019, contratado pelo Olhanense. Também agremiação do campeonato de Portugal. Do seu historial retiro que no clube algarvio só “calçou as botas” em 3 jogos. Não é muito normal. Mas pode suceder, uma lesão, um treinador que não imbicou para ali, um azar qualquer.

No ano seguinte, o agora jogador nacionalista, transitou para o Lusitânia dos Açores, também do escalão terciário. Aí só fez 7 jogos. Para esta temporada veio até à Madeira emprestado(!). E foi anunciado como um “reforço”. Para o Nacional mais debilitado dos últimos anos e carente de mais-valias efectivas que possam impedir a descida de divisão e o ocaso do clube.

Trata-se de um mero exemplo.

Ver um jogo dos alvinegros, hoje, é algo de muito penoso. A mediocridade é geral e confrangedora. O desânimo entre os adeptos é generalizado. Cada vez é mais escasso o número de espectadores que vão à Choupana. Chega a ser desolador.

Precisamos entender. Porque se contrata sempre muitos e de má qualidade em vez de poucos, mas minimamente satisfatórios? É assim de há uns anos a esta parte. Alguns, passa a época e nem chegam a ser convocados, outros nunca jogam. Porque insistir num insólito plano destes? Sempre achei que antes de discutir pessoas devíamos discutir projectos. Este, o do Nacional, há muito que o digo, já deu o que tinha a dar. Esgotou-se. Urge mudar. De projecto. E se este não mudar, mude-se a teimosia.