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Reserva Federal norte-americana volta a subir taxa de juro em 75 pontos base

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A Reserva Federal norte-americana (Fed) anunciou hoje uma subida de 75 pontos base na sua taxa de juro, um aumento idêntico ao que tinha decidido nas três últimas reuniões, para um intervalo entre 3,75% e 4%.

"O Comité [FOMC] procura alcançar o pleno emprego e uma inflação próxima de 2% no longo prazo. Para apoiar esses objetivos, o Comité decidiu subir a taxa dos fundos federais para um intervalo entre 3,75% e 4%", anunciou hoje o banco central norte-americano, em comunicado, após o fim da reunião de dois dias do Comité Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês).

Este é o sexto aumento desde março e coloca o intervalo da taxa de juro oficial no valor mais elevado desde 2007.

A instituição liderada por Jerome Powell justifica que indicadores recentes apontam para um crescimento modesto na despesa e na produção, sublinhando que a criação de emprego tem sido robusta nos últimos meses e a taxa de desemprego permaneceu baixa.

"A inflação continua elevada, refletindo desequilíbrios da oferta e da procura relacionados com a pandemia, com os preços de energia e pressões mais alargadas nos preços", acrescenta.

A Fed assinala ainda que a guerra na Ucrânia está a provocar "enormes" dificuldades humanas e económicas, sublinhando que está a criar uma pressão ascendente adicional sobre a inflação e a pesar na atividade económica mundial.

Neste sentido, assegura que está "muito atento aos riscos inflacionistas".

Considera, assim, que serão apropriados "aumentos contínuos" nas taxas de juros, de forma a seguir uma política "suficientemente restritiva" para trazer a inflação de volta à meta de 2%.

"O Comité está fortemente empenhado em devolver a inflação ao seu objetivo de 2%", refere.

A Fed explica que para determinar o ritmo de aumentos futuros irá ter em conta o aperto da política monetária, o impacto para a atividade económica e inflação e a evolução económica e financeira.

O FOMC indica ainda que irá continuar a reduzir os títulos de dívida em balanço, tal como previsto no plano anunciado em maio.