Madeira

Governo admite reforçar ainda mais o apoio ao crédito à habitação

Se a taxa de juro e a inflação se mantiver “demasiado) elevada por muito tempo

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A anunciada medida de apoio às famílias mais afectadas pela subida das taxas de juros nos contratos de crédito à habitação poderá ser reforçada em função da evolução das taxas Euribor, que esta sexta-feira subiram para novos máximos desde o início de 2009 a três e a seis meses - a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação – admitiu hoje o presidente do Governo Regional, face à “normal” subida das taxas de juros.

Para já entende como adequado o Programa de Apoio à Garantia de Estabilidade Social 2022 (PROAGES- 2022), ontem aprovado, que reforça a dotação orçamental inicialmente atribuída em 800 mil euros, garantindo assim “a ajuda importante que podemos dar, sobretudo para famílias que são apanhadas com esta subida da taxa”.

Programa que em 2023 “pode ser reforçado. Vamos ver como é que a coisa evolui”, sustenta, referindo-se à evolução da taxa de juros. De acordo com os indicadores, “é provável que este aumento da taxa de juros e a própria inflação possam diminuir em Portugal só no segundo semestre do próximo ano. É isso que está nas previsões da OCDE”, concretizou.

A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno positivo em 6 de Junho, avançou esta sexta-feira, para 2,374%, mais 0,006 pontos, um máximo desde Janeiro de 2009. Já a média da Euribor a seis meses subiu de 1,596% em Setembro para 1,997% em Outubro. A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 6 de Novembro de 2015 e 3 de Junho de 2022).