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Filha de Kim Jong-un aparece pela primeira vez em público

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Uma filha do líder norte-coreano apareceu hoje em público, pela primeira vez, em imagens divulgadas pela comunicação social estatal do local de lançamento do míssil intercontinental de sexta-feira, onde esteve ao lado do pai.

A agência noticiosa da Coreia do Norte KCNA informou que Kim Jong-un "supervisionou pessoalmente" o lançamento "juntamente com a sua querida filha e esposa", a primeira dama Ri Sol-ju, sem adiantar outros detalhes.

Cinco fotografias entre as cerca de 20 imagens divulgadas pela KCNA mostram uma rapariga de casaco branco a escutar o pai enquanto este parece dar instruções aos funcionários ali presentes, ainda de mãos dadas a Kim, ao lado do míssil intercontinental, e a observar à distância o lançamento.

Os média estatais da Coreia do Norte raramente noticiam sobre familiares próximos da dinastia Kim, que tem governado o país com mão de ferro desde os anos 1940.

A filha de Kim Jong-un que aparece nas imagens não é exceção, até porque a propaganda oficial não tinha sequer reconhecido a sua existência.

Toda a informação sobre a descendência de Kim Jong-un, que se acredita ter 38 anos de idade, tem sido aventada por especialistas com ligações dentro do país.

Muitos alegam que Kim teve três filhos com Ri em 2010, 2012 ou 2013 e 2017, mas a informação não foi confirmada.

Após uma das extravagantes visitas à Coreia do Norte para se reunir com Kim Jong-un, o antigo jogador de basquetebol norte-americano Dennis Rodman disse publicamente, em 2013, que segurou nos braços "a sua filha Ju-ae", um bebé na altura.

Esta foi a única vez que alguém nomeou um dos descendentes do ditador norte-coreano pelo nome próprio.

Não se sabe se a jovem nas fotos publicadas hoje pela KCNA é Kim Ju-ae.

A Coreia do Norte lançou esta sexta-feira um míssil balístico intercontinental que caiu na Zona Económica Exclusiva (ZEE) do Japão, ao largo da ilha de Hokkaido, no norte, disse o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, considerando o disparo "absolutamente inaceitável".

Segundo revelou no mesmo dia um responsável norte-americano, os Estados Unidos querem convocar o Conselho de Segurança da ONU e pedir à China, aliada do regime norte-coreano, que ajude a refrear Pyongyang.

Em resposta ao lançamento, os militares sul-coreanos e norte-americanos responderam com testes de bombas guiadas a partir de caças F-35, além de realizarem outras manobras aéreas combinadas sobre o Mar do Leste.

O lançamento soma-se aos 30 projéteis - número recorde - , que Pyongyang disparou no início de novembro em resposta a grandes manobras aéreas de Seul e Washington, incluindo outro míssil desse tipo - o lançado no dia 03 de novembro - que aparentemente falhou e caiu prematuramente nas águas do mar do Japão.