Madeira

9,2 milhões dão segurança à Ribeira da Tabua que era reivindicada desde 2010

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O presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, esteve hoje na Tabua, para visitar a agora concluída segunda fase da obra de regularização e canalização da ribeira. Uma empreitada orçada em 9,2 milhões de euros, que era reivindicada desde o 20 de Fevereiro de 2010.

"Esta é uma ribeira que na altura trouxe grande parte de material sólido, transbordou, criou imensos prejuízos, ficou bloqueada. Foi uma tragédia o que se passou aqui e não morreu ninguém por milagre. Na altura o meu antecessor executou a primeira obra a montante - ou seja, no Sul - e nós, depois, na sequência do programa POSEUR, canalizamos para cá verbas importantes, não só no sentido de proceder à canalização da ribeira, mas também qualificar toda a acessibilidade com condições de segurança para a esta freguesia", referiu Miguel Albuquerque em declarações aos jornalistas.

"Esta obra era importante, porque no caso de haver mais uma quantidade enorme de chuvas a cair coloca-se em questão toda a recuperação que tinha sido feita a Sul", considerou por seu turno o presidente da Câmara Municipal da Ribeira Brava.

Ricardo Nascimento que, de resto, recordou o alerta “constante que era feito” neste sentido, desde que assumiu os destinos do concelho.

A segunda fase do projecto para a regularização e canalização da Ribeira da Tabua, a Montante da Estrada Regional 222 veio dar continuidade à canalização, já executada, entre a ER 222 e a foz da Ribeira da Tabua. A obra iniciou-se em Dezembro de 2020, tendo sido executada num prazo de 20 meses. O investimento foi comparticipado em 75 por cento pelo POSEUR.

A primeira fase da empreitada custou cerca de um milhão e duzentos mil euros (1.205.099,83 euros).

No total, de acordo com um comunicado do executivo, “já se investiu nesta ribeira, na sua regularização e canalização, 10,4 milhões de euros”.

Este projecto, além da canalização da Ribeira da Tabua, num troço compreendido entre os sítios dos Lugares e da Praia, numa extensão de 800 metros, englobou ainda a canalização de um troço da ribeira ao sítio da Madágua e a canalização de um ribeiro, entre o sítio da Corujeira e o canal principal da ribeira, junto à ponte da E.R. 222. Que vem “facilitar o dia-a-dia das pessoas da Ribeira da Tabua”, reconhece Nascimento.

A intervenção neste troço principal da ribeira englobou também a reconstrução de um pontão rodoviário e a construção e pavimentação de um novo arruamento, com cerca de 200 metros de extensão, na margem direita da ribeira, com o objectivo de permitir o acesso à ribeira (para operações de limpeza e desassoreamento da mesma).

O autarca nota que a empreitada vem também "dignificar" a zona adjacente à Ribeira da Tabua. "Está uma zona agradável", sublinhou.

Já Miguel Albuquerque não poupou elogios, reconhecendo que "esta é uma freguesias das mais atractivas", nomeadamente do ponto de vista do investimento estrangeiro, "sobretudo do ponto de vista do sector imobiliário na Madeira"

Na freguesia da Tabua residem 900 a mil pessoas.

Albuquerque lamenta o silêncio do PS-Madeira

Questionado sobre a proposta de revisão da Constituição da República, discutida no Conselho Nacional do PSD, o presidente do executivo madeirense lamentou o silêncio do principal partido da oposição.

"Ficámos um pouco estupefactos porque da parte do Partido Socialista da Madeira não se ouve dizer nada sobre esta questão, que é crucial para o futuro da Madeira", disse, desafiando os socialistas a dizer se concordam ou não com as reivindicações  versadas neste projecto.

Conforme o DIÁRIO noticiou hoje na edição impressa, estão em causa temas como: a extinção do Representante da República, gestão das zonas marítimas, alargamento das competências legislativas para a Madeira (nomeadamente em matéria fiscal) ou o poder de decisão num quadro de emergência sanitária ou de saúde pública.