Madeira

Saúde na Madeira vai passar por "revolução" digital nos próximos 5 anos

Fotos Rui Silva/Aspress Ver Galeria
Fotos Rui Silva/Aspress

“No futuro, um clique fará a diferença entre a saúde e a doença”. A frase sintetiza a “revolução” que o secretário regional Pedro Ramos pretende fazer nos próximos cinco anos na digitalização do sector da saúde. Uma visão partilhada, esta manhã, na Cimeira da Transformação Digital, que junta centenas de especialistas nacionais e internacionais no Savoy.

Pedro Ramos explicou que a Madeira encontra-se numa fase de transição para o novo hospital, que estará concluído em 2027 e o objectivo do Governo é “transformar a governança clínica nos próximos cinco anos com a ajuda de novas soluções tecnológicas”. “Estou a falar de um sistema com 46 anos que precisa de uma revolução no seu planeamento e organização, com mais recursos humanos, mais equipamento, mais tecnologia, mais digitalização e mais inovação na saúde”, acrescentou. É uma aposta que “coloca a Região na vanguarda da digitalização”, com o aproveitamento das tecnologias imersivas, inteligência artificial, robotização, 'machine learning' e Internet das Coisas (IoT). “O digital é o futuro na área da saúde e a Madeira não quer ficar atrás, até porque entende que esta digitalização vai permitir uma melhor facilitação da nossa actividade assistencial no dia-a-dia, uma melhor comunicação com os nossos utentes e com os serviços dentro da própria instituição, uma melhor governança clínica e um melhor funcionamento dos serviços clínicos e não clínicos do nosso hospital”, descreveu.

A título de exemplo do que já está a ser feito, o governante apontou os quatro projectos que estão a ser desenvolvidos em parceria com o Instituto de Desenvolvimento de Novas Tecnologias UNINOVA e que são apoiados pela União Europeia, no valor de quase meio milhão de euros. Assim, há o ‘Smart Bear’, que é uma plataforma que permite o acompanhamento e monitorização à distância dos cidadãos mais idosos, através de uma série de dispositivos médicos que podem dar informação diária da respectiva situação clínica. Depois, há o Smart4Health, uma plataforma que permite o armazenamento de dados de qualquer cidadão, não só da Madeira como da União Europeia. A rede de diversos ‘hubs’ de Telemedicina aplicada aos cuidados intensivos denominada ICU4COVID e a plataforma de armazenamento de informações e currículos de profissionais de saúde Qualichain completam o conjunto.