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Libertado um dos maiores traficantes de droga do Brasil após 20 anos na prisão

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Foto: O Dia

O traficante de droga Celso Luiz Rodrigues, conhecido como Celsinho da Vila Vintém, considerado um dos mais perigosos traficantes no Brasil nos anos de 1990, foi libertado hoje após 20 anos de prisão, na sequência de uma ordem judicial.

Celsinho da Vila Vintém, um dos fundadores da organização criminosa conhecida como Amigos dos Amigos, cuja máfia controlava o tráfico de droga em várias favelas do Rio de Janeiro, está em liberdade para responder ao único processo judicial que resta contra si.

O traficante estava na prisão desde 2002, embora a sua primeira vez na prisão tenha sido em 1994, e já tinha cumprido todas as sentenças, até 30 anos, às quais tinha sido condenado por homicídio, tráfico de droga e assalto a bancos.

Beneficiou agora de uma operação policial em setembro que identificou dois comissários de polícia como responsáveis por ordenar uma invasão de gangues rivais na Rocinha, a maior favela do Rio de Janeiro, em 2017, para ajudar os aliados a tomarem conta de pontos de venda de droga na favela.

Celsinho cumpria uma pena de 15 anos de prisão pela invasão armada da Rocinha depois de ter sido acusado de a ter ordenado a partir do interior da prisão como chefe da Amigos dos Amigos, a máfia rival que controlava a favela.

"Eles incriminaram-me deste crime", disse, em breves declarações à imprensa ao deixar a penitenciária Lemos Brito, uma das unidades do complexo prisional de Gericinó na zona ocidental do Rio de Janeiro, acompanhado pelos seus advogados.

"Estou finalmente a sair da prisão. Cumpri toda a minha pena. Nunca me foi concedida liberdade condicional ou qualquer outro benefício. Agora só espero que eles me deem a oportunidade de viver em paz. Não tenho para onde ir, não tenho casa, tudo o que tinha, perdi. Agora quero viver em paz e longe do crime", disse.

Celsinho da Vintém fez duas fugas da prisão, a primeira em 1994 pouco depois de ter sido preso pela primeira vez, e a outra em 1998, quando aproveitou a sua transferência para um hospital depois de ter sido baleado no braço para escapar. 

Em 2002, sobreviveu a uma violenta luta entre bandos rivais de droga que partilhavam a prisão de Bangú, na qual quatro dos líderes da sua organização foram mortos.