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Pelo menos 21 crianças raptadas foram resgatadas horas depois na Nigéria

Foto Kola Sulaimon/AFP
Foto Kola Sulaimon/AFP

Pelo menos 21 crianças raptadas por grupos armados no noroeste da Nigéria foram resgatadas horas depois, anunciou a polícia nigeriana.

Os alunos foram raptados na sexta-feira quando viajavam com o seu professor desde Bakura para uma escola islâmica no estado vizinho de Katsina, disse o porta-voz da polícia, Mohammed Shehu, em comunicado.

As forças de segurança resgataram 21 alunos e estão "atualmente a trabalhar para resgatar as restantes vítimas e deter os raptores" disse Shehu.

O porta-voz não adiantou quantos alunos estão ainda sequestrados, mas disse que os assaltantes raptaram crianças de pelo menos cinco veículos, pelo que poderá ainda haver muitos menores cativos.

As crianças são muitas vezes raptadas no noroeste da Nigéria em ataques de grupos armados em comunidades rurais longe da proteção das forças de segurança, que muitas vezes têm falta de meios humanos e materiais.

Um dia após o rapto das crianças, a força aérea nigeriana lançou ataques aéreos contra os campos de treino dos atacantes no estado de Zamfara, que foram "bem-sucedidos", disse hoje o responsável Edward Gabkwet, citado pela Associated Press.

A fonte não precisou o número de atacantes abatidos nos ataques.

"Vamos atrás de todos e cada um deles até que todos os nigerianos se sintam seguros para voltar à sua vida normal", disse.

No domingo, outro grupo matou sete pessoas e sequestrou outras 17 em vários ataques no estado de Kaduna, próximo da capital do país, disseram à agência Efe fontes oficiais e representantes da sociedade civil locais.

Estes grupos armados consistem sobretudo de jovens de etnia Fulani, tradicionalmente pastores nómadas envolvidos num conflito de décadas com as comunidades agrícolas devido ao acesso a água e terras de pastagem.

Os atacantes, em grupos de mais de 150 segundo o governador de Katsina, parecem cada vez mais organizados e bem armados, apesar de as autoridades nigerianas terem tomado medidas para reduzir a violência, nomeadamente classificando-os como organizações terroristas.