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"Sector público da saúde não pode estar de costas voltadas para o sector privado", repara IL

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O cabeça-de-lista da candidatura da Iniciativa Liberal pelo círculo da Madeira às eleições legislativas, Duarte Gouveia, defendeu esta sexta-feira, 21 de Janeiro que a "saúde é um bem essencial", apontando que, por isso, o "sector público da saúde não pode estar de costas voltadas para o sector privado".

A Iniciativa Liberal entende que os dois sectores da saúde "têm que ser cooperantes", já que a Região não se pode "dar ao luxo de as pessoas precisarem de cuidados de saúde e apenas terem acesso à lista de espera", quando existe condições e a possibilidade de o sector privado "poder atender e ajudar". 

As listas de espera empurram as pessoas para o sector privado, onde têm que arcar sozinhas com as despesas desse acto. Se o Estado não tem capacidade porque não contratualiza cuidados de saúde ao privado? Temos como exemplo o que agora se passa com os testes antigénio. O Serviço de Saúde da RAM não tinha condições de testar nas quantidades necessárias e contratualizou com os privados esse serviço. Veio algum mal ao mundo por causa disso? Duarte Gouveia, Iniciativa Liberal 

O candidato considera ainda que o eventual acréscimo de custos para o Estado, ao contratar serviços do sector privado, "significará menos custos para cada pessoa que precisa desses cuidados, mais ganhos em saúde e em produtividade e menos listas de espera". A IL propõe a admissão de mais subsistemas de saúde no Serviço Nacional de Saúde e no Serviço Regional de Saúde, dando, como exemplo, os modelos já existentes ("ADSE, ADM, SAD-PSP, SAD-GNR, SAMS, PT-ACS").

A Iniciativa Liberal entende que um sistema de saúde só consegue atingir todos os objectivos de qualidade e excelência se assente nos seguintes valores e princípios: a) Universalidade; b) Equidade no acesso; c) Gratuitidade do ponto de vista do utilizador / Protecção financeira; d) Eficiência da gestão; Sustentabilidade financeira.