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Venezuela antecipa aumentos de casos e insta população a vacinar-se

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O ministro da Saúde da Venezuela, Carlos Alvarado, disse hoje que as autoridades preveem um aumento de novos casos de covid-19 devido à chegada ao país da variante Ómicron e instou a população a vacinar-se.

"Neste momento a variante Ómicron está presente na Venezuela, principalmente em Caracas, Miranda e La Guaira (Estados vizinhos da capital). Esperamos que haja um aumento de casos, pelo que a vacinação é mais necessária do que nunca, tanto as duas doses iniciais como a vacinação de reforço", disse à televisão estatal venezuelana.

Carlos Alvarado falava no Colégio Eduardo Crema, em El Paraíso (centro-oeste), num ato que assinalou o regresso de milhares de venezuelanas às aulas presenciais, após as férias de Natal e Ano Novo.

O ministro explicou que a 85 mil trabalhadores da saúde venezuelanos foi aplicada a vacinação de reforço e que os cidadãos com mais de 60 anos de idade, que tenham recebido a segunda dose da vacina, devem acorrer aos centros de vacinação para serem vacinados.

Por outro lado, explicou que é importante a aplicação da dose de reforço mesmo que não seja do mesmo fabricante que as doses anteriores.

"Depois de aplicada a Sputnik (vacina russa) pode colar-se a da Sinopharm (chinesa), por exemplo", disse o ministro precisando que todas as vacinas são efetivas e que "o importante é aplicar-se a dose de reforço".

Em 3 de janeiro último a Venezuela iniciou a aplicação da vacinação de reforço, ou terceira dose, das vacinas russa Sputnik V e da chinesa Sinopharm, dando prioridade aos profissionais da saúde.

A partir de fevereiro, os venezuelanos com mais de 18 anos de idade poderão apresentar-se nos centros de vacinação para que lhes seja aplicada a vacina de reforço.

Desde março de 2020 que a Venezuela está em confinamento preventivo, por causa da covid-19, aplicando um sistema de sete dias de flexibilização, seguidos de sete dias de confinamento rigoroso.

Nos meses de novembro e dezembro, a quarentena foi declarada flexível, devido à realização de eleições municipais e regionais, e também devido à época natalícia.

Desde o início da pandemia, a Venezuela contabilizou 5.357 mortes e 447.288 casos da doença, de acordo com dados oficiais.

Em 23 de dezembro de 2021 o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, confirmou que tinham sido registados os primeiros sete casos de pessoas infetadas com a nova variante Ómicron no país.

A covid-19 provocou 5.486.519 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 19.133 pessoas e foram contabilizados 1.660.058 casos de infeção, segundo a última atualização da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.

Uma nova variante, a Ómicron, considerada preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, em novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 110 países, sendo dominante em Portugal.