Jorge Sampaio País

Primeiro-ministro espanhol lamenta perda de "grande político"

None

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, lamentou hoje a morte do ex-presidente português Jorge Sampaio, que considera ter sido "um grande político, um grande construtor de consensos e precursor de alianças entre a esquerda" portuguesa.

"Deixou-nos uma referência do socialismo, o ex-presidente de Portugal, Jorge Sampaio. Um grande político, um grande construtor de consensos e precursor de alianças entre a esquerda do seu país", disse o chefe do Governo espanhol numa mensagem publicada na sua conta da rede social Twitter.

Pedro Sánchez, também secretário-geral do PSOE, o partido socialista espanhol, termina a curta declaração manifestando, em português, os seus sentimentos aos "entes queridos" de Jorge Sampaio e a toda a "família socialista portuguesa".

O antigo Presidente da República Jorge Sampaio morreu hoje aos 81 anos, no hospital de Santa Cruz, em Lisboa.

Antes do 25 de Abril de 1974, foi um dos protagonistas da crise académica do princípio dos anos 60, que gerou um longo e generalizado movimento de contestação estudantil ao Estado Novo, tendo, como advogado, defendido presos políticos durante a ditadura.

Jorge Sampaio foi secretário-geral do PS (1989-1992), presidente da Câmara Municipal de Lisboa (1990-1995) e Presidente da República (1996 e 2006).

Após a passagem pela Presidência da República, foi nomeado em 2006 pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas enviado especial para a Luta contra a Tuberculose e, entre 2007 e 2013, foi alto representante da ONU para a Aliança das Civilizações.

Atualmente presidia à Plataforma Global para os Estudantes Sírios, fundada por si em 2013 com o objetivo de contribuir para dar resposta à emergência académica que o conflito na Síria criara, deixando milhares de jovens sem acesso à educação.