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Mais de 3,3 milhões de venezuelanos completaram imunização contra a Covid-19

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A Organização Pan-americana da Saúde (OPAS), anunciou hoje que mais de 3,3 milhões de venezuelanos completaram o processo de imunização contra a covid-19, com duas doses das vacinas Sinopharm, Sputnik e da cubana Abda.

O anúncio foi feito por Enrique Pérez-Gutiérrez, chefe de Informação de Emergências Sanitárias e Avaliação de Riscos da OPAS, durante uma conferência de imprensa digital, transmitida pelo Youtube.

"O país administrou, até este momento, 9.342.817 doses (...) 3.326.547 (pessoas), ou seja 36% (dos vacinados) completaram o esquema com a segunda dose", disse Pérez-Gutiérrez.

Por outro lado, Clarissa F. Etienne, diretora da OPAS advertiu que "três quartos da população da América Latina e das Caraíbas não completaram a vacinação" e que "mais de um terço dos países da região ainda não vacinaram 20% da sua população".

Segundo a diretora da OPAS "as taxas de vacinação permanecem abaixo dos 20% em vários países das Caraíbas e da América do Sul, e a cobertura continua a ser de um só dígito em países da América Central como a Guatemala, Honduras e Nicarágua".

No Haiti e na Venezuela, disse, "os frágeis sistemas de saúde e os desafios políticos atrasaram ainda mais as imunizações".

Por outro lado, explicou que 540 milhões de doses de vacinas devem ser fornecidas para garantir que todos os países da América Latina e das Caraíbas protejam pelo menos 60 por cento da sua população.

Segundo Clarisse F. Etienne, em resposta à escassez de doses, a OPAS lançou uma nova campanha de doações, para chamar a atenção dos países desenvolvidos para a necessidade urgente de doar vacinas à América Latina e Caraíbas.

Precisou que a OPAS recebeu pedidos de 24 países e que está usando o seu Fundo Rotatório para comprar vacinas, que estarão disponíveis no último trimestre deste ano e no início de 2022.

Clarisse F. Etienne, advertiu que enquanto as taxas de vacinação se mantêm baixas na América Latina e nas Caraíbas, alguns países registam um rápido aumento de novas infeções, entre eles Santa Lúcia e Porto Rico, com a Jamaica a ter o maior número de mortes.

"Os surtos estão a acelerar em vários países da América Central, especialmente na Costa Rica e em Belize (...) Na América do Sul, as infeções estão a diminuir, com algumas exceções: na Venezuela, os casos se estão estabilizando, e no Suriname, a transmissão aumentou durante quatro semanas consecutivas", disse a diretora da OPAS.

Segundo Clarisse F. Etienne, "na semana passada, registaram-se mais de 1,6 milhões de novos casos da covid-19 e pouco menos de 22.000 mortes nas Américas".

A ONG Médicos Unidos da Venezuela (MUV) apelou terça-feira ao Governo do Presidente Nicolás Maduro para que declare situação de emergência no país, perante a expansão da variante delta do novo coronavírus no país.

Desde março de 2020 que a Venezuela está em quarentena preventiva e atualmente tem um sistema de sete dias de flexibilização, seguidos de sete dias de confinamento rigoroso.

O país contabilizou 4.026 mortes e 335.233 casos da doença, desde o início da pandemia, de acordo com dados oficiais.

A covid-19 provocou pelo menos 4.518.163 mortes em todo o mundo, entre mais de 217,63 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.