Mundo

Confira as reacções mundiais ao duplo atentado mortal em Cabul

None

O ataque ao aeroporto de Cabul provocou reacções em todo o mundo, merecendo a condenação dos Estados Unidos e dos talibãs, reivindicado pelo braço afegão do grupo 'jihadista' Estado Islâmico (EI) e que Washington ameaçou com represálias.

O atentado provocou pelo menos 95 mortos, entre os quais 13 militares norte-americanos, e 150 feridos.

Estados Unidos

O Presidente norte-americano, Joe Biden, prometeu "caçar" os autores do duplo atentado e fazê-los "pagar", e afirmou que o país "não será intimidado", ordenando os oficiais militares para que "desenvolvessem planos operacionais para atingir alvos, liderança e instalações" do EI no Afeganistão.

Biden disse ainda que não havia provas de "conluio" entre os talibãs e o grupo extremista no ataque.

O antigo Presidente Donald Trump denunciou a tragédia que "nunca devia ter acontecido".

Talibãs

Os talibãs condenaram "veementemente" o ataque, salientando que o mesmo ocorreu numa área sob responsabilidade do exército norte-americano.

"A explosão ocorreu numa área onde as forças dos EUA são responsáveis pela segurança", disse o seu porta-voz, Zabihullah Mujahid.

NATO

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, condenou "firmemente este horrível atentado terrorista", sublinhando ao mesmo tempo que a prioridade continua a ser "retirar o maior número de pessoas para um ambiente seguro, o mais rapidamente possível".

União Europeia

O Presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, apelou também à evacuação contínua do aeroporto sob a segurança dos EUA.

A Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, condenou os "cobardes e desumanos ataques ao aeroporto de Cabul".

Canadá

"Condenamos veementemente os ataques terroristas em Cabul. Os nossos corações estão com o povo afegão, os familiares das vítimas, incluindo os nossos aliados. Continuaremos a trabalhar com os nossos parceiros para apoiar os afegãos e acolher refugiados", afirmou o primeiro-ministro, Justin Trudeau.

Alemanha

A chanceler alemã, Angela Merkel, denunciou o ataque "absolutamente desprezível".

"Esta é uma situação muito, muito tensa para retirar as pessoas do país", sublinhou.

Reino Unido

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse que o ataque mostrou "a importância de continuar este trabalho [de retirada] da maneira mais rápida e eficaz possível nas horas que restam".

"Os atos dos terroristas não nos vão impedir", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros, Dominic Raab.

Itália

"Condeno este ataque vil e horrível contra pessoas indefesas em busca da liberdade", reagiu o primeiro-ministro italiano, Mario Draghi.

Espanha

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, condenou os ataques, sublinhando ao mesmo tempo que a Espanha estava a trabalhar para "retirar o maior número de pessoas possível" do Afeganistão.

França

O Presidente francês, Emmanuel Macron, condenou "com a maior veemência os ataques terroristas".

As forças armadas francesas anunciaram que Paris continua as suas operações de retirada de afegãos que temem represálias dos talibãs.

Rússia

A Rússia condenou o atentado "com a maior firmeza", disse hoje o porta-voz do Kremlin, Demitry Peskov.

"As previsões pessimistas de que os grupos terroristas, sobretudo o Estado Islâmico, tirariam certamente partido do aos no Afeganistão estão confirmadas", vincou.

China

A China, vizinha do Afeganistão, "condenou veementemente" hoje o atentado, referindo estar "chocada com as explosões" e apelando às partes envolvidas para "garantir a segurança do povo afegão e dos cidadãos estrangeiros".

Países Baixos

O primeiro-ministro, Mark Rutte, lamentou a "terrível tragédia".

Noruega

A ministra dos Negócios Estrangeiros da Noruega, Ine Eriksen Soreide, condenou o ataque a "civis inocentes que tentam abandonar o país", naquele que foi um "terrível acto de crueldade".

Suécia

A chefe da diplomacia sueca, Ann Linde, enviou condolências às famílias dos militares norte-americanos que morreram no ataque.

Polónia 

O Presidente polaco, Andrzej Duda, condenou "nos termos mais fortes os ataques hediondos ao aeroporto de Cabul", acrescentando que o seu país "está ao lado dos amigos norte-americanos e afegãos".

Turquia

A Turquia condenou o "hediondo ataque".

Israel 

O primeiro-ministro israelita, Naftali Bennett, actualmente em visita aos Estados Unidos, expressou "profundo pesar" do seu país "pela morte de norte-americanos em Cabul".

Arábia Saudita

A Arábia Saudita condenou "veementemente o mortífero ataque terrorista", acrescentando que esse "ato hediondo viola todos os valores morais e humanitários".

Egipto 

O Egipto condenou o "duplo ataque terrorista" e renovou "a sua solidariedade na luta contra todas as formas de terrorismo", de acordo com o Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Jordânia 

A Jordânia condenou os ataques e denunciou o "terrorismo que continua a ser uma ameaça perigosa".

Qatar 

O Qatar denunciou o ataque e rejeitou "a violência e o terrorismo independentemente dos motivos e causas".

Emirados Árabes Unidos 

Os EAU condenaram "este hediondo acto criminoso" e reafirmaram a "necessidade de assegurar a estabilidade e segurança" no Afeganistão.

Bahrein 

O Bahrein condenou "o cobarde ataque terrorista", expressando esperança de que "a paz e a estabilidade sejam em breve restauradas no Afeganistão".

Irão

O Irão expressou o seu "profundo pesar", condenando o ataque a "cidadãos afegãos indefesos e qualquer operação terrorista que vise mulheres, jovens e crianças", de acordo com uma declaração do porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Saeed Khatibzadeh.

Chile 

O Chile condenou "firmemente" os ataques, apelando a "todas as partes a providenciar a segurança necessária para permitir que todos os que desejam deixar o país o façam", de acordo com o Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Brasil 

O Brasil condenou os ataques com a "maior firmeza" e apelou às partes para "garantirem a segurança dos civis", segundo o Ministério das Relações Exteriores.