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Incêndio de grandes dimensões na Califórnia obriga à retirada de oito mil pessoas

Foto Patrick T. FALLON/AFP
Foto Patrick T. FALLON/AFP

Um incêndio de grandes dimensões a norte do Estado da Califórnia, nos Estados Unidos, já consumiu cerca de oito mil hectares e obrigou à retirada de oito mil pessoas que residem nas imediações, foi hoje anunciado.

As chamas estão a ser combatidas por mais de 900 bombeiros e o incêndio está 19% controlado, segundo o último boletim do departamento de proteção contra incêndios da Califórnia. O incêndio, apelidado como 'Lava Fire', teve início devido a um raio no condado de Siskiyou, perto da fronteira com o Estado de Oregon, notícia a agência EFE.

Embora já tenha iniciado a temporada de incêndios na Califórnia, que normalmente começa em julho, a atual onda de calor extremo que atinge o oeste dos Estados Unidos criou condições para que vários incêndios tenham ganho grandes dimensões nos últimos dias. A Califórnia viveu em 2020 o pior ano da história em número de incêndios e área ardida, quando foram consumidos cerca de 1,6 milhões de hectares. Segundo o departamento de proteção contra incêndios, conhecido como o 'Cal Fire', o Estado sofreu mais de 9.900 incêndios no ano passado, quase 10.500 estruturas foram danificadas e 33 pessoas morreram devido aos fogos.

Perante a época de incêndios que se avizinha, o presidente dos Estados Unidos Joe Biden anunciou quarta-feira um aumento temporário dos salários dos bombeiros contratados pelo Governo federal, para um mínimo de 15 dólares à hora (cerca de 12,6 euros), de forma a conter o impacto dos incêndios no oeste do país. A medida foi tomada numa altura em que pelo menos 36 incêndios atingem os estados da Califórnia, Oregon, Washington, Colorado e Arizona.

Em muitos casos, estes devem-se à intensa onda de calor que atinge aquela região norte-americana, onde já se registaram temperaturas próximas dos 50 graus centígrados. Joe Biden prometeu também tratar a problemática dos incêndios da mesma forma que aborda a temporada de furações a cada ano. O governante destacou ainda que a situação pode ser "pior" a cada ano devido às alterações climáticas.