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Milhares de pessoas manifestam-se em França contra medidas sanitárias

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EPA/YOAN VALAT

Milhares de pessoas manifestaram-se hoje nas principais cidades de França contra as novas medidas do Governo para travar a pandemia, nomeadamente a obrigatoriedade de vacinação dos profissionais de saúde e a exigência de possuir um certificado digital.

Estas medidas deverão ser aprovadas na segunda-feira pelo Conselho de Ministros francês e na quarta-feira serão debatidas na Assembleia Nacional.

Em Paris, os manifestantes, muitos deles vestidos com coletes amarelos, concentram-se na zona da Praça do Louvre e daí dirigiram-se até ao Ministério da Saúde, sem incidentes, segundo relatou a agência Efe.

As novas medidas, anunciadas pelo Presidente de França, Emmanuel Mácron, no dia 12 deste mês, visam incentivar a vacinação para combater o crescimento da variante dela, que se acredita ser a responsável por 67% dos novos casos detetados em França.

Entre as medidas está a obrigatoriedade de todos os profissionais de Saúde se vacinarem e a exigência de possuir um certificado digital de vacinação ou teste negativo para aceder a várias atividades sociais.

O objetivo do Governo é evitar que uma nova vaga da pandemia afete o país e obrigue a novos confinamentos, com consequências negativas para a economia.

Depois do anúncio de Mácron, em menos de 24 horas, cerca de dois milhões de pessoas agendaram a vacinação em todo o país e na sexta-feira foi batido o recorde nacional de inocoluções, quase 800 mil.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 4.070.508 mortos em todo o mundo, entre mais de 188,8 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente da agência France-Presse, divulgado na sexta-feira.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil e Peru.