Aos maritimistas...

Aquilo que escrevo é não mais do que um desabafo, mas também um sério alerta aos verdadeiros verde-rubros, por parte de quem nasceu e apreendeu a amar o leão do Almirante Reis. Mas que vergonhoso, preocupante e impensável desempenho está o Marítimo a realizar até ao momento! Mais, recuou, em termos de projeção e hierarquia no cenário nacional, uns bons 30 anos e está definitivamente na hora dos seus apaixonados chegarem à frente no sentido de perceberem o que se passa, porquê e, sobretudo, como se chegou a esta indismintivel hecatombe desportiva. Os culpados, porque, obviamente, os existem, serão encontrados e terão de arcar com as devidas consequências. Este Marítimo encontra-se doente e nessecita urgentemente de cuidados, primeiro às feridas mais contagiosas e que exigem cura para ontem, ficando os vícios (dentro e fora de campo) adquiridos nos últimos anos para outro momento. Não vou abordar as tretas da estrutura implementada, política desportiva, comunicação para o exterior, bolas no poste, penaltis por assinalar etc... A mim, cheira-me a perfeita incompetência, presunção, teimosia e cansaço, porque os anos passam por todos. A isto, não podemos fugir, mas existem muitas outras coisas a que todos podem dar outro rumo. O Marítimo está ligado às máquinas em todas as franjas, mas é uma instituição que possui força, história, pujança, grandeza e amor próprio para dar a volta a este cabo da tormentas. A linda história do Marítimo, pode estar à beira de ser profanada e sem perspectivas de regresso a seu lugar de direito. A palavra, ou, como se diz na gíria futebolística, a bola está mais do que nunca do lado da sua incrível massa adepta. Viva ao Marítimo!

Manuel Gonçalves