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Brasil e EUA acordam "aprofundar diálogo" sobre mudanças climáticas e desflorestação

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Os Governos brasileiro e norte-americano acordaram na quarta-feira "aprofundar o diálogo bilateral" nas área de alterações climáticas e de combate à desflorestação, temas que já foram alvo de discussão entre os Presidentes de ambos os países.

O acordo foi alcançado na tarde de quarta-feira, numa reunião virtual entre os ministros brasileiros das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e do Meio Ambiente, Ricardo Salles, com o enviado especial para o clima do Governo norte-americano, John Kerry.

Na ocasião, "foram examinadas possibilidades de cooperação e diálogo entre o Brasil e os EUA na área de mudança do clima e de combate à desflorestação", indicou o executivo brasileiro num breve comunicado.

"Acordou-se aprofundar o diálogo bilateral nas áreas mencionadas, com processo estruturado em encontros frequentes, em busca de soluções sustentáveis e duradouras aos desafios climáticos comuns", concluiu o documento.

Desde que assumiu a presidência brasileira, em janeiro de 2019, Jair Bolsonaro tem sido duramente criticado, quer por organizações não-governamentais, quer por outros países, pela sua retórica antiambiental que, segundo especialistas, levou ao aumento da desflorestação e dos incêndios recorde na Amazónia.

O mandatário do Brasil tem defendido publicamente a exploração dos recursos naturais daquela que é a maior floresta tropical do mundo e prometeu não criar novas reservas indígenas, além de ter cortado o orçamento do órgãos de fiscalização ambiental.

Bolsonaro também tornou públicas as suas divergências com Biden, que assumiu a presidência dos EUA em 20 de janeiro último, principalmente em questões ambientais, depois que o então candidato democrata ofereceu recursos para reduzir os altos índices de desflorestação na Amazónia.

Na ocasião, Jair Bolsonaro respondeu que não aceitaria "subornos, demarcações criminais ou ameaças infundadas".

Bolsonaro, capitão da reserva do Exército, foi um dos últimos líderes mundiais a parabenizar Biden pela sua vitória nas eleições presidenciais de novembro passado.

O Presidente nunca escondeu a sua admiração e apoio ao agora ex-chefe de Estado norte-americano, Donald Trump, durante a campanha eleitoral e até adotou a tese do republicano sobre uma suposta fraude nos resultados, negada pelas autoridades e pela Justiça dos EUA.

Contudo, após Biden tomar posse, Bolsonaro felicitou o democrata pela sua vitória, tendo mudou de tom e estendido a mão para trabalhar pela "prosperidade" dos dois países.

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