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Brasil regista mais 1.043 mortes e 44.299 novos casos nas últimas 24 horas

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O Brasil registou 1.043 mortes por covid-19 e 44.299 novos casos de infeção pela doença nas últimas 24 horas, anunciou hoje o Ministério brasileiro da Saúde.

De acordo com dados oficiais, o número médio de mortes por dia nas últimas duas semanas continua acima das 1.000, num total acumulado de 238.532, o que indica que a pandemia está fora de controlo em todo o país, um dos três mais afetados do mundo, juntamente com os Estados Unidos e a Índia.

Segundo o Ministério da Saúde, foram registadas 44.299 infeções pela doença nas últimas 24 horas, elevando o número acumulado para 9.809.754.

Ainda assim, os números de hoje representam uma redução face à última sexta-feira, dia em que o Brasil reportou 1.288 mortes e 51.546 novos casos de covid-19.

Das pessoas infetadas até agora, 8.710.840 recuperaram, mas 860.382 pacientes permanecem sob observação.

A situação no Brasil agravou-se nas últimas semanas com o aparecimento de uma nova variante na região da Amazónia, que, segundo o Ministério da Saúde, já se espalhou por todo o país e é "três vezes mais contagiosa" que a original.

Este fim de semana, o Brasil estaria a viver os seus carnavais, nomeadamente o do Rio De Janeiro, dos mais famosos do mundo, mas os desfiles foram cancelados para evitar multidões.

As escolas de samba e desfiles, que normalmente tomam as ruas por todo o país nesta altura do ano, respeitaram as restrições, mas muitas praias do Brasil estavam hoje lotadas.

Entre aqueles que decidiram descansar durante o Carnaval junto a uma praia esteve o Presidente Jair Bolsonaro, um dos governantes mais relutantes em aceitar a gravidade da pandemia.

Bolsonaro não se aproximou do mar hoje, mas cumprimentou e abraçou dezenas de apoiantes na cidade de São Francisco do Sul, no estado de Santa Catarina.

Como de costume, Bolsonaro não usou máscara nem observou as distâncias recomendadas e foi fotografado com os seus admiradores naquela estância balnear, onde permanecerá durante os próximos dias.

O estado brasileiro de São Paulo, governado por João Doria, e um dos mais afetados pela pandemia, começou na sexta-feira a aplicar a segunda dose da vacina em todos os profissionais de saúde que foram imunizados no mês passado.

Já a Prefeitura de São Paulo começou agora a vacinar idosos sem-abrigo com mais de 60 anos, numa campanha que ocorre após solicitação do Ministério Público.

Cerca de quatro semanas após o início da vacinação em território brasileiro, o Tribunal de Contas da União (TCU) deu também na sexta-feira 15 dias ao Ministério da Saúde e ao Exército para prestarem informações sobre a produção e distribuição de três milhões de comprimidos de cloroquina, fármaco sem comprovação científica contra o novo coronavírus e utilizada há muitos anos para o tratamento de malária e doenças autoimunes, como a lúpus.

Apesar de não ter eficácia comprovada contra a covid-19, o medicamento tem sido sistematicamente recomendado pelo Presidente brasileiro como forma de tratamento contra o novo coronavírus, o que levou os laboratórios do Exército brasileiro a fabricarem milhões de unidades num curto espaço de tempo.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.384.059 mortos no mundo, resultantes de mais de 108,1 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

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