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Pedro Simas diz que Ómicron "é o fim da pandemia"

O virologista considera que "faz muito sentido" deixar o vírus disseminar-se

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Foto Global Imagens
Temos que simular já que este é um vírus endémico, como se estivéssemos a viver normalmente.

A afirmação é do virologista do Instituto de Medicina Molecular, Pedro Simas, em entrevista à SIC Notícias.

O especialista já havia afirmado ontem, no programa Novo Dia da CNN Portugal, que o país está numa endemia.

Portugal alcançou, nesta terça-feira, após o Natal, um novo recorde de casos diários de covid-19, com 17.172 novas infecções. No entanto, e ao contrário do que aconteceu no ano passado, registaram-se apenas 19 mortes e 22 pacientes internados.  

"Estes níveis, para mim, não são além do que é expectável de níveis endémicos", sustenta o virologista, acrescentando que a divergência entre infecções e números de mortos "é típico de endemia".

Pedro Simas explica que a variante Ómicron "é menos virulenta" e "mais contagiosa", pelo que "inquestionavelmente, vai conquistar o mundo inteiro e vai fazer com que a Delta desapareça, que é mais virulenta".

"Não há dúvidas que o domínio da ómicron derrotará totalmente a variante delta. “Isto é o fim da pandemia e vai ser no mundo inteiro”, reiterou.

Ainda em entrevista à SIC Notícias, Pedro Simas disse que as restrições neste momento em vigor são "extremamente penosas".

Em contrapartida defende que o foco deve estar em três aspectos: dose de reforço a grupos de risco, usar máscaras "de forma geral" e reduzir a testagem à covid-19.