O presidente do Governo Regional está agastado com a “bandalhice” que admite estar a ocorrer na noite do Funchal em alguns bares, dando como exemplo a “vergonha” que se tem verificado em bares da Rua das Fontes.

Agastado com a incúria de muitos, avisa que pode ser obrigado a tomar medidas para acabar com os excessos.

“Nestas situações eu não brinco. Não estou à procura de popularidade. Aliás, estou-me absolutamente nas tintas que gostem de mim ou não gostem” começou por dizer Miguel Albuquerque para logo avisar que se for preciso tomar medidas para conter os abusos, não hesitará.

“Não me importo que as pessoas fiquem irritadas comigo e digam mal de mim. Isso não me afecta nada. A minha obrigação é salvaguardar a saúde pública”, para concluir que “há certas pessoas que ainda não perceberam ou não querem perceber como é que está a situação”. Em causa os estabelecimentos onde “não exigem nada”, ao concretizar que “alguns bares é uma autêntica bandalhice o que se tem passado”, dizendo mesmo que “o que se passa na Rua das Fontes é uma vergonha”.

Albuquerque, que falava à margem da visita ao presépio do Galeão, em São Roque, fez saber que esta terça-feira o governo vai reunir com empresários para alertar do ultimato.

“Amanhã os secretários vão reunir com donos de estabelecimentos, sobretudo de bares, aqui no Funchal, para apelar ao sentido de responsabilidade, uma vez que nós temos de manter a situação sob controle e o que se tem passado nos últimos dias tem sido situações de abuso, em que nada é cumprido, nada é exigido e isso pode levar a uma situação de perdermos o controle do número de casos e das cadeias e termos que tomar outras medidas”, disse.

“Não basta ter direitos. Há direitos e deveres”, lembra.