Madeira

77.527 famílias madeirenses têm acesso à internet em casa

Agregados familiares com ligação à internet em casa quintuplicaram entre 2004 e 2021

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A Direcção Regional de Estatística da Madeira (DREM) disponibilizou esta quinta-feira, 2 de Dezembro, no seu sítio na internet, a ampliação da série 'Retrospectiva da Sociedade de Informação das Famílias', com resultados das várias edições do Inquérito à Utilização de Tecnologias de Informação e da Comunicação pelas Famílias a partir de 2002.

A informação diz respeito a agregados domésticos privados com pelo menos um indivíduo com idade entre 16 e 74 anos. 

O número de agregados familiares com disponibilidade de acesso a Internet em casa na Região Autónoma da Madeira tem vindo a aumentar ao longo do período em análise, com um crescimento mais acentuado até 2015. Enquanto para 2004 estimaram-se apenas 15.365 agregados familiares com ligação à Internet em casa, em 2015 este valor já era estimado em 65.269 agregados (99,2% destes com ligação através de banda larga). A informação disponível para 2021 mostra que nestes últimos seis anos assistiu-se a um aumento de 18,7%, estimando-se que 77.527 agregados têm disponibilidade de acesso a Internet em casa.

Em termos percentuais, o maior aumento da proporção de agregados com acesso em casa a internet registou-se entre 2002 e 2003, passando de 8,7% para 18,3% (cerca de metade através de banda larga). A tendência de crescimento deste indicador foi muito acentuada nestas duas últimas décadas, incrementando-se o recurso a ligação à internet através de banda larga. Em 2011, a quase totalidade dos agregados com acesso à internet em casa utilizava a ligação à internet através de banda larga (55,0% com ligação à internet e 54,4% através de banda larga). Em 2021, mais de 90% dos agregados familiares tinham acesso à internet (87,1% através de banda larga).

Em 2021, a proporção de indivíduos residentes na Região com idade entre 16 e 74 anos de idade que referiram ter usado a internet nos últimos três meses anteriores à entrevista situou-se nos 84,1%. Esta proporção aumentou 32,6 pontos percentuais (p.p.) em relação ao início da década anterior e 71,3 p.p. face a 2002. Considerando os últimos 8 anos, destaque-se o aumento da proporção de indivíduos que dizem ter utilizado alguma vez a internet (68,6% em 2014; 87,0% em 2021) e o aumento de 9,6 p.p. na proporção dos que dentro do conjunto dos que utilizaram internet nos últimos 3 meses, utilizam todos os dias ou quase todos os dias a internet (80,4% em 2014; 90,0% em 2021).

A proporção de residentes na Região dos 16 aos 74 anos que efectuaram encomendas pela internet nos 12 meses anteriores à entrevista (40,7%) registou em 2021 um aumento de 3,0 p.p. face ao ano anterior. Considerando os dados disponíveis, 2017 foi o ano em que este aumento foi mais expressivo, passando de 30,7% em 2016 para 36,0% em 2017 (+ 5,3 p.p.).

Considerando os indivíduos entre 16 e 74 anos, utilizadores de internet para fins privados nos 3 meses anteriores à entrevista, a maioria utilizou a internet principalmente para comunicar e aceder a informação. A realização de serviços avançados aumentou 40,3 p.p. entre 2014 e 2021, passando de 57,1% para 97,4%. Telefonar ou fazer chamadas de vídeo é uma das actividades com maior incremento de utilizadores desde 2014, registando um aumento de 34,8 p.p. (41,9% em 2014; 76,7% em 2021). Ver televisão ou ouvir rádio/música online registou um aumento de 32,5 p.p. nos últimos anos (43,0% em 2014; 75,5% em 2021). Segue-se a utilização dos serviços bancários através de Internet banking com um incremento de 23,5 p.p. (39,2% em 2014; 62,7% em 2021). As actividades relacionadas com aprendizagem revelam um forte aumento nos últimos anos, em particular a frequência de cursos online (4,3% em 2016; 18,8% em 2021) e a comunicação com professores/formadores ou outros formandos/alunos através de website ou portal educativo (13,9% em 2016; 28,2% em 2021).

Preenchimento de formulários para a Administração Pública bateu recorde em 2021

O número de indivíduos que refere, nos últimos 12 meses, ter preenchido e enviado formulários oficiais para organismos da administração pública mais que triplicou entre 2008 e 2021, passando de 17,7 mil para 57,4 mil, respectivamente. O valor de 2021 foi efetivamente o mais alto de sempre.

Confinamento influenciou valores do teletrabalho em 2020 e 2021

Entre 2020 e 2021 assistiu-se a uma diminuição (-16,3 p.p.) na proporção de utilizadores de internet empregados que exerceram a sua profissão em casa no mês anterior à entrevista (27,7% em 2020; 11,4% em 2021). O trabalho a partir de casa com recurso às TIC (teletrabalho) diminuiu 14,4 p.p. neste período, situando-se em 10,0% em 2021. A leitura deste resultado não pode ser dissociada do contexto da pandemia da COVID-19 em cada um daqueles anos.

As TIC mais utilizadas em teletrabalho foram o correio electrónico (98,7% em 2020; 79,0% em 2021) e a videoconferência (79,1% em 2020 e 79,8% em 2021).