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Investigação e Desenvolvimento (II)

Temos de ter uma Universidade orientada por um plano objetivo de promoção da investigação

Numa altura em que se debatem orçamentos, políticas de desenvolvimento e estratégias de superação das consequências da crise pandémica, faz sentido refletir sobre um dos pilares que estruturam as sociedades contemporâneas e que elegi para um conjunto de crónicas que iniciei no pretérito mês de novembro.

Nesse sentido, tal como então afirmei, o tema da Investigação e Desenvolvimento (I&D) constitui efetivamente um dos eixos estruturantes da política universitária na Madeira. Justifica-se não só pela natureza intrínseca da atividade da Universidade, mas também da sociedade onde se encontra integrada.

Na atualidade, esta aliança costuma marcar a diferença, sobretudo quando está associada a fatores diretamente ligados aos resultados desejados. É, por isso, que é fundamental que a missão da Universidade destaque a promoção da investigação científica e seja capaz, como bem tem demonstrado, de a realizar com qualidade, de transferir esse conhecimento para a sociedade e para as empresas e de a internacionalizar.

No mundo desenvolvido, esta aliança costuma marcar a diferença, sobretudo quando está associada a fatores sem os quais não podemos obter os resultados desejados. É, por isso, que temos de ter uma Universidade orientada por um plano objetivo de promoção da investigação científica e que seja capaz, como bem tem demonstrado, de a realizar com qualidade e de a internacionalizar. É igualmente necessário que esse esforço seja acompanhado por políticas públicas e privadas no sentido de encontrar pontos de interesse comum, para nos aproximarmos dos indicadores nacionais e europeus em I&D.

A Universidade da Madeira e a Região Autónoma da Madeira têm promovido a colaboração interinstitucional necessária para vir a atingir níveis mais consentâneos com os programas estratégicos definidos em todas as vertentes desta atividade. Além disso, tem sido notado cada vez mais o interesse de entidades privadas em querer participar ativamente neste processo de colaboração para o desenvolvimento científico e técnico.

Nesta fase de debate político sobre o futuro da nossa sociedade, não é demais alertar para a necessidade de continuar a privilegiar a tríade que deve sustentar a capacidade de I&D da RAM: a Universidade, o Governo Regional e as autarquias, e o sector privado. Todos poderão, neste laboratório vivo que é o Arquipélago da Madeira, liderar uma revolução científica que deve, nesse sentido, satisfazer a condição mínima de indexação a valores correspondentes a 1,5% do PIB. Tratando-se de um objetivo ambicioso, sujeito a processos não isentos de dificuldades, cabe a todos lutar pela sua obtenção com a maior celeridade possível.

Por isso, em tempo de Recuperação e Resiliência, devemos contar com a nossa capacidade de saber o que estas palavras significam e também de saber concretizar o que elas encerram.

Em mais uma época ainda condicionada pela pandemia, mas inevitavelmente marcada pela celebração e ritualização de momentos e memórias da nossa cultura, endereço a todos sinceros votos de Boas Festas e Feliz Ano Novo.