A cidade/município do Funchal é o primeiro em solo nacional a integrar a Associação Internacional de Companhias de Cruzeiros (na sigla em inglês CLIA - Cruise Lines International Association), adesão formalizada esta quarta-feira durante a visita do director dos Assuntos Europeus, Nikos Mertzanidis, à Câmara Municipal e na presença do seu presidente Pedro Calado.

De acordo com os dois responsáveis, esta é uma adesão que faz todo o sentido e irá trazer mais-valias para ambos, uma vez que o Funchal recebe (em tempos normais) mais de 300 navios de cruzeiro no seu porto, têm sido realizados vários investimentos para melhorar a capacidade e qualidade da infra-estrutura e da própria cidade a este nicho de mercado que traz cerca de meio milhão de turistas (sem contar os tripulantes) a visitar sobretudo o Funchal, mas não só.

Neste contexto actual, recordou o representante da CLIA, o Porto do Funchal foi o primeiro a reabrir-se aos cruzeiros e dos primeiros a apresentar um plano de contingência adaptado à pandemia, esperando que haja boas novidades a partir de Janeiro e/ou Fevereiro, embora a recuperação total do actual contexto de pandemia só esteja apontado para 2023. É que apesar de a indústria ter recuperado algum fôlego, a nova variante da covid-19, a Ómicron, acabou por criar novos entraves às escalas em diversos portos europeus.

Já Pedro Calado diz que esta adesão faz todo o sentido, elogiando o papel que a MSC Cruzeiros nesta participação na CLIA, nomeadamente do seu representante em Portugal, Eduardo Cabrita, num trabalho que está a ser feito em parceria com a Administração dos Portos da Madeira. E lembrou que o conjunto de investimentos previstos para o Porto do Funchal, como a ampliação do molhe, melhoramentos na Marina, entre outros, trazem novas perspectivas ao turismo de cruzeiro, realidade ao qual o Município do Funchal não podia ficar dissociado.

O futuro a médio prazo (2023, 2024 e 2025), acredita o autarca, colocará o Funchal na montra da CLIA, onde estão as maiores companhias de cruzeiro do mundo, podendo daí tirar proveito e colocar a Madeira e a cidade na rota desses navios.