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Continuar no caminho certo

O país vai a votos no próximo dia 30 de janeiro e os portugueses têm uma escolha muito clara pela frente: um governo liderado pelo PS, com uma maioria reforçada na Assembleia da República, ou a alternativa apresentada pelo PSD, cujo líder reeleito parece não convencer metade dos militantes do próprio partido, inclusive na Região Autónoma da Madeira, e que não exclui entendimentos com partidos que se apresentam contra a nossa Democracia e Autonomia, como aconteceu nos Açores ao aliar-se ao Chega.

O momento da escolha dos portugueses, em particular dos madeirenses, será também um momento de avaliação do trabalho que levámos a cabo ao longo dos últimos anos - e passado este tempo, em particular os últimos dois anos, no PS podemos apresentar-nos de cabeça levantada por tudo o que fizemos, mas também com humildade perante o que ainda temos para fazer e com determinação para fazermos o que ainda não foi feito. Um caminho que ainda é, por um lado, de combate à pandemia, que regressou com grande força em toda a Europa, mas que é simultaneamente de reconstrução do país. Os próximos anos serão fundamentais para implementarmos as reformas que nos permitam combater a pobreza e melhorar as condições de vida de todos os portugueses, recordando que saúde, educação, emprego e habitação são direitos de todos, não privilégios de alguns.

Precisamos de continuar a confiar no futuro e no caminho certo que temos trilhado. Quando começámos esta caminhada, tínhamos objectivos claros, alguns alcançados e outros em que precisamos de continuar a trabalhar. Um caminho que garanta a devolução de rendimentos aos mais jovens, que alargue o IRS jovem para 5 anos, que continue o alívio fiscal para as famílias através da criação de 2 novos escalões de IRS, que garanta a gratuitidade das creches para todas as crianças, a criação de um programa “garantia para a infância” que atribua 600 euros por ano a todas as crianças e jovens até aos 17 anos, o fim da taxas moderadoras no SNS, ou o aumento de pensões e salários, como estava previsto no Orçamento do Estado para 2022 que foi chumbado pela esquerda e pela direita.

Um caminho que continue a aumentar o rendimento médio mensal dos portugueses, a diminuir o desemprego, a aumentar as bolsas de estudo do ensino superior, a reforçar o SNS com mais profissionais de saúde e recursos financeiros, e a garantir um crescimento em linha com o da União Europeia, como temos feito desde 2015.

Apesar desta legislatura ter terminado mais cedo do que o previsto, a nossa missão na Assembleia da República não chegou ao fim. Pelo contrário, é importante que se renove no próximo dia 30 de janeiro: a missão de representarmos a Madeira e os madeirenses o melhor possível, com ambição reforçada, para que sejamos capazes de resolver questões pendentes, como as da mobilidade aérea e marítima, o reforço do financiamento da Universidade da Madeira, uma nova Lei das Finanças Regionais e a clarificação definitiva do funcionamento do Centro Internacional de Negócios da Madeira.

Esta é uma caminhada que esperamos que os madeirenses e os portugueses nos ajudem a continuar: no caminho certo, com a missão superior de servir a Madeira e Portugal.