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Índia reabre fronteiras áreas 19 meses depois

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Foto EPA

A Índia reabriu na sexta-feira as suas fronteiras aos turistas estrangeiros que cheguem em voos charter, 19 meses depois de o Governo indiano ter limitado a entrada no país para conter a expansão da pandemia.

Entretanto, também os visitantes que viajarem em bolhas áreas poderão entrar no país a partir de 15 de novembro, uma medida muito aguardada pelo setor turístico, muito afetado pelas medidas duras de contenção do governo indiano.

"O setor do turismo na Índia, no que diz respeito ao tráfego aéreo, tem permanecido totalmente fechado nos últimos 20 meses. A maioria de nós sobreviveu graças a algumas poupanças", afirmou o presidente da Associação indiana de operadores turísticos (IATO), Rajiv Mehra, citado pela agência Efe.

Nesse sentido, o presidente da IATO congratula-se com a decisão do Governo, mas ressalva que existem pontos que devem ser levados em conta para dinamizar o setor turístico estrangeiro na Índia.

Rajiv Mehra, que também chefia uma agência de viagens, criticou também o facto de o visto de turista ser só de 30 dias e de uma única entrada, o que impede os visitantes dos vizinhos Nepal ou Sri Lanka.

A Índia suspendeu todas as operações aéreas comerciais de passageiros no final de março de 2020, decretando um bloqueio total no país para conter a propagação da covid-19.

Desde então, o país tem vindo a retirar progressivamente as restrições, permitindo primeiro tráfego aéreo doméstico e, depois, abrindo "bolhas de viagem" com vários países.

Os estrangeiros com vistos de trabalho ou de negócios poderiam até agora viajar para a Índia, mas as autoridades indianas mantiveram a proibição a turistas, por medo de contágio.

A covid-19 provocou pelo menos 4.878.719 mortes em todo o mundo, entre mais de 239 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.078 pessoas e foram contabilizados 1.078.729 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.