“Como diria um dos grandes ‘só é vencido quem desiste de lutar’ e hoje, podemos não ter ganho as eleições, mas estaremos muito longe de ser derrotados. Ao trabalho”. É com esta frase no final do post colocado na sua página de Facebook, que Miguel Silva Gouveia justifica a sua decisão em manter-se na Câmara do Funchal, como vereador da oposição. O ainda presidente da autarquia revela que vai tomar posse a 20 de Outubro, juntamente com os restantes eleitos da ‘Confiança’: Cláudia Dias Ferreira, Ruben Abreu, Tânia Sousa e Vítor Jesus.

Miguel Silva Gouveia fundamenta a escolha depois de ter “interpretado os resultados e enquadrados à luz do actual contexto político”, tendo concluído que “não pode ser negligenciada a confiança depositada neste projecto por quase 23 mil funchalenses e seria de uma atroz irresponsabilidade abandonar aqueles que acreditaram em nós e no legado de trabalho que entregámos ao Funchal”.

O autarca sublinha que a sua equipa “não abdicará dos mesmos princípios e valores que colocou na campanha eleitoral sob a égide da seriedade, da proximidade e da transparência e procurará fazer uma oposição responsável que releve sempre o superior interesse da nossa cidade”.

Nas eleições de 26 de Setembro, a coligação encabeçada por Gouveia perdeu o escrutínio para a coligação PSD/CDS, Funchal Sempre à Frente, liderada por Pedro Calado, que arrebatou 47% dos votos, contra 40% da ‘Confiança’. O ex-vice-presidente do Governo Regional conquistou ainda 9 das 10 juntas de freguesia do Funchal, tendo provocado com isso a demissão de Paulo Cafôfo da presidência do PS-M.