Madeira

Região registou mais de 3.700 acidentes de trabalho em 2019

Face a 2018 registou-se mais 233 acidentes, dos quais dois foram mortais.

Em 2019, a maioria dos acidentes ocorreu com homens (69,2%) e nas pessoas com 35 e 54 anos de idade (54,8%). 
Em 2019, a maioria dos acidentes ocorreu com homens (69,2%) e nas pessoas com 35 e 54 anos de idade (54,8%). , shutterstock

A Direcção Regional de Estatística da Madeira (DREM) divulgou esta sexta-feira, 1 de Outubro, no seu portal, a série de dados estatísticos sobre acidentes de trabalho, actualizada com a informação de 2019.

Segundo os dados fornecidos à DREM pela Direcção Regional do Trabalho e da Acção Inspectiva (DRTAI), ocorreram 3.778 acidentes de trabalho na Região em 2019, mais 6,6% (+233 acidentes) do que em 2018. Daqueles acidentes, há a registar 2 mortais, mais um que no ano anterior.

Os sectores do 'Alojamento, restauração e similares' e da 'Construção' concentraram o maior número de acidentes (19% do total em ambos os sectores), seguidos do sector do 'Comércio por grosso e a retalho, reparação de veículos automóveis e motociclos', com 14,2%. O sector 'Administração Pública e Defesa; Segurança Social Obrigatória' foi o que registou, em valor absoluto, a maior diminuição, menos 58 acidentes (-27,6% que em 2018). De referir que os acidentes neste sector corresponderam a apenas 4% do total.

Por sexo e grupos etários, observa-se que, em 2019, a maioria dos acidentes ocorreu com homens (69,2%) e nas pessoas com 35 e 54 anos de idade (54,8%). Nos grupos profissionais, os 'Trabalhadores dos resíduos e de outros serviços elementares' (437 acidentes; 11,6%) e 'Trabalhadores qualificados da construção e similares, excepto electricista' (421 acidentes; 11,1%) foram os que registaram maior número de sinistrados.

No que respeita ao tipo de local do acidente, 21,6% dos acidentes ocorreram em 'Zona industrial' (816 acidentes) e 16,2% em 'Local de actividade terciária, escritório, entretenimento, diversos' (613 acidentes). A origem da maioria dos acidentes foi o 'Movimento do corpo sujeito a constrangimento físico' (26% do total de acidentes).

Os principais acontecimentos geradores directos da lesão dos sinistrados foram 'Constrangimento físico do corpo, constrangimento  psíquico' (22,9%)  e 'Esmagamento  em  movimento  vertical  ou  horizontal  sobre/contra  objecto  imóvel' (15,2%).

Quanto às consequências dos acidentes, constata-se que as 'Feridas e lesões superficiais' e as 'Deslocações, entorses e distensões' foram as lesões que mais se evidenciaram, cujo peso no total, em 2019, fixou-se em 44,7% e 39,2%, respectivamente. Mais de metade dos acidentes atingiram as 'Extremidades superiores' ou as 'Extremidades inferiores' (34,6% e 26,2%, pela mesma ordem).

Relativamente ao número de dias de ausência do trabalho, é de referir que 30,6% dos acidentes não mortais não implicaram qualquer ausência ao trabalho. Entre os restantes, destaca-se o intervalo de 7 a 13 dias de ausência para 17,5% do total de acidentes não mortais. O maior número de dias de trabalho perdidos por motivo de acidente de trabalho ocorreu no sector da 'Construção' (20.659 dias, 20,7% do total de dias perdidos).