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Parlamento da Venezuela apela às autoridades para deterem Juan Guaidó e deputados opositores

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Foto AFP

A vice-presidente do parlamento da Venezuela, Iris Varela, apelou terça-feira às autoridades competentes que detenham os deputados opositores do anterior período legislativo, incluindo o líder opositor Juan Guaidó.

O pedido do parlamento, de maioria chavista e composto por parlamentares eleitos a 06 de dezembro de 2020, foi feito durante a sessão de instalação da Comissão Especial para Investigar os Danos à República (CEPIDR).

"Acho que dar 48 horas é um prazo prudente. 48 horas para que o Poder Judicial proceda a emitir um mandado de detenção contra Juan Guaidó", disse a vice-presidente do parlamento, Iris Varela.

Em sessão permanente durante os próximos 30 dias, a nova comissão aprovou o apelo aos organismos competentes para proibir a saída do país e da detenção dos deputados simpatizantes de Juan Guaidó, que deveriam ter cessado funções, pelo delito de usurpação do cargo.

A (CEPIDR) é presidida pelo deputado José Brito, que em dezembro de 2019 foi expulso do partido opositor Primeiro Justiça por suspeitas de "encobrir ou proteger atos de corrupção cometidos pelo regime".

Durante a instalação da Comissão, o deputado José Brito explicou que vai ser garantido o devido processo e o direito à defesa dos antigos parlamentares, no ciclo de comparecências que se iniciará na próxima segunda-feira.

Pouco depois, questionado pelos jornalistas, José Brito disse não saber porque razão o líder opositor Juan Guaidó ainda não está detido.

Eleitos a 06 de dezembro de 2020, os membros da nova Assembleia Nacional foram empossados a 05 de janeiro, numa sessão solene, tendo sido confirmados 256 deputados dos partidos pró-regime, 20 da oposição (desvinculada de Juan Guaidó, que se autoproclamou Presidente interino da Venezuela) e um do Partido Comunista.

Estes deputados foram eleitos nas legislativas realizadas no passado dia 06 de dezembro, num escrutínio não reconhecido pela oposição que realizou uma sessão parlamentar em que o líder opositor Juan Guaidó, jurou que o parlamento liderado pela oposição continuaria em funções.

Desde janeiro de 2020, a Venezuela tem dois parlamentos parcialmente reconhecidos, um de maioria opositora, liderado por Guaidó, e um pró-regime do Presidente Nicolas Maduro, presidido por Jorge Rodríguez.

A crise política, económica e social na Venezuela agravou-se desde janeiro de 2019, quando Guaidó jurou assumir as funções de Presidente interino do país até afastar Nicolás Maduro do poder, convocar um governo de transição e eleições livres e democráticas.

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