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“Era o vírus meu Deus era o vírus meu Deus...!”

Mais de dez milhões de ocupantes do país lusitano, incluindo brasileiros e ucranianos e outros desembarcados clandestinos e já escolarizados, já se pronunciaram sobre o ataque maldoso e mortífero do vírus, e agora do gémeo covid. Por favor. Tirem-me desse número, pois para mim já chega, e e eu não é com conversa que tolhe, que vou melhorar os meus rendimentos. Nem mentais, nem por as contas certas, nem os alimentos na mesa. Façam de conta que eu não sou de cá. Caí aqui por acidente há muito e nunca ninguém me ligou alguma coisa. Vivo entre vírus perniciosos quase desde que nasci, provocado pelos homens que administram o Poder, a Saúde e o Emprego. Para mim já chega o desconforto, em que sempre vivi. Eu quero é que o vírus vá é de férias e leve com ele os que dele tiram benefícios. Eu morro de desespero e vítima de injustiças, desde: “ainda eu era pequenino acabado de nascer”. Eu que nem álcool especulado, hoje consigo, e o bagaço está pelas horas da morte!

Joaquim A. Moura

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