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A recta da meta!

Não nos livramos dos “pensadores”, dos “cientistas”, dos “bird watch”, todos eles “comentaristas”

Desde o início do ano que andamos neste colete de forças, individual, colectivo, obrigatório, facultativo, com efeitos variados, uns físicos - falta de ar por exemplo - outros psíquicos, como a irritabilidade estática - por exemplo no sofá a “sorver” os programas da televisão - ou uma irritabilidade circulatória,... no trânsito automóvel, ... uns a circular com muita pressa para fazer nada, ... outros a circular devagar, porque nada têm para fazer, ... mas, depois duma businadela, acenam vitoriosos: - Passa por cima! ... fazendo o V de vitória com a mão esquerda! E assim vamos andando, adiando desde há um ano os planos, os desejos, as prespectivas, os objectivos, enfim, vamos adiando o futuro próximo, mantendo um alerta activo, ou seja, mantendo as nossas defesas no melhor possível. Depois de gorarem as prespectivas de medicação eficaz no tratamento desta doença viral mundial, ficámos sujeitos á evolução meteórica das manobras de construção e produção da vacina, aguardando o “dead point” aquando a sua aprovação técnica oficial. Que já acabou por ser aceite, amplamente divulgada e até já se iniciou no terreno o plano de vacinação.

Apesar de tudo isto, com a focagem numa solução “á frente do nariz”, aguarda-se ainda a gestão complicada da logística da distribuíção das vacinas, com toda a segurança exigida, pelo mundo inteiro. Vamos portanto passar por um momento inédito: a distribuíção mundial do tratamento preventivo duma doença planetária com a inoculação de vacinas, ... inovadoras e construídas em tempo recorde. Mas, não obstante estarmos no “fim da corrida”, não nos livramos dos “pensadores”, dos “cientistas”, dos “bird watch”, todos eles “comentaristas”, alguns muito negativistas, com opiniões e projecções, duvidando da eficácia, da segurança e até da necessidade desta vacina. Será que todos estes seres bem-falantes, contabilizaram o número de humanos que já foram salvos ou protegidos por todas as doenças para as quais existem vacinas? Administradas no mundo inteiro durante dezenas de anos a fio? Falar, é só dizer, dizer outra vez e repetir o que se disse, ... mas onde está a responsabilidade do que está a ser dito?

As pessoas que voluntáriamente decidirem não inocular a vacina, se contraírem a doença mais tarde e por azar tiverem agravamento do estado clínico, necessitando de apoio hospitalar em cuidados especializados, vão assumir essa responsabilidade? Na saúde, a prevenção é primordial e deveria ser obrigatória em todas as circunstâncias, porque se poupam muitas patologias agressivas e incapacidades, evitam-se morbilidades e também se poupam muitos recursos, que poderão servir para outros, mais necessitados. Também reparei que se anda a discutir, ... na televisãp, as prioridades das inoculações, ... mas, como são pessoas que não produzem nada, não ajudam em nada, nem nunca acrescentaram nada ao país, não vou realmente lhes dar importância. A classificação das prioridades está feita - por quem sabe - e talvez não valha a pena ir para as chegadas do aeroporto, fazer “bicha” a aguardar o avião-frigorífico!

Não temos nenhum túnel, nem temos nenhuma luz desconhecida, ... que possa súbitamente nos iluminar. Temos uma doença viral, semi-conhecida ou semi-identificada, que um dia terá tratamento e agora tem uma vacina. Vamos a ela!

Espero que após a curva natalícia, começe a recta da meta e assim surja o final da corrida ... com a vacina distribuída organizadamente ... e que possamos voltar a reconstruir, reorganizar, restabelecer e reviver... com mais esta difícil experiência de vida no bolso!

BOM NATAL , com as devidas cautelas!

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